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Caros colegas, Saúdo a iniciativa, com a qual concordo no essencial. Defendo, desde 1995, que a arqueologia seja gerida de forma integrada. Por isso sempre tive reservas quanto ao modelo do IPA criado em 1997, e face ao quadro que se desenhava desde os finais dos anos 90 (com a pressão do IPPAR para engolir o IPA) defendi que o melhor seria uma fusão (e não absorção). Mas se a opção do governo é a de manter o IPA, então deverá em coerência integrar nele toda a actividade arqueológica. Como sabem, creio que o formato administrativo é secundário, e que o essencial é a concepção orgânica das competências. O actual governo criou uma Secretaria de Estado que, eventualmente, poderá cumprir a função de articulação dos 4 institutos de Património. Sendo assim, não se justificam mais fusões (cuja finalidade era tal articulação), e deve repensar-se a distribuição de competências (reforçando o IPA e o IPM). Quanto à questão do CIPA, continuo a pensar que, sem prejuízo de soluções imediatas, a consolidação de uma unidade de investigação passa por a integrar na rede nacional de Ensino Superior e Investigação. Creio que uma redação que faça menção expressa deste facto protegerá o CIPA, e todos nós, de voltarmos a ter de discutir e sentir angústias daqui a uns tempos. Creio que a moção do Congresso, mais do que pugnar por soluções formais deve primeiro apontar direcções conceptuais. Assim, tal como deve devender a articulação de todo o património e, nesse quadro, a autonomia da arqueologia, também no que se refere à investigação deve exigir primeiro que o Estado reconheça que a investigação arqueológica tem de ser considerada ao nível do Ensino Superior e Ciência, e só depois referir que o MC/IPA devem igualmente assumir responsabilidades. No ponto 9, sugiro que além do Conselhod e Reitores seja contactado o Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, dado que como sabem o CRUP não tem tutela sobre as licenciaturas e mestrados que se desenvolvem nestes últimos. Finalmente, não creio que a questão da ordem dos arqueólogos deva ser incluída neste texto. Penso que ele é muito consensual e que, por isso, pode actuar de forma eficaz junto do poder. Introduzir nele uma questão tão polémica como a da Ordem (sabendo-se, inclusivamente, as reticências da Comissão Europeia a este respeito), é algo que pode enfraquecer o conjunto da moção. Na verdade, o essencial da moção surge como um repto ao Estado para que assuma as suas funções, e por isso uma questão como a da Ordem, nesta fase, temo que possa promover a confusão. Creio que seria melhor que uma proposta sobre a questão da ordem fosse objecto de moção separada, que partisse de outras considerações (sobre a profissão e os seus agentes). Um abraço, Luiz Oosterbeek ----- Original Message ----- From: "Jose d'Encarnação" <jde@ci.uc.pt> To: "archport" <archport@list-serv.ci.uc.pt> Sent: Friday, September 10, 2004 5:36 PM Subject: [Archport] Que futuro para a Arqueologia em Portugal? Caros Colegas e Amigos: Como é do conhecimento de todos, a situação de indefinição intitucional e de desinvestimento Na Arqueologia em Portugal chegou este ano a um ponto absolutamente inaceitável ! No sentido de tentar mobilizar todos os arqueólogos para a discussão dos problemas que nos afectam a "comunidade arqueológica", fiz uma exposição sobre Que futuro para a arqueologia em Portugal ?" na última Assembleia Geral da AAP (no passado mês de Julho). Na sequência dessa exposição, foi decidido constituir um grupo de trabalho, que integrou um conjunto de arqueólogos, ligados aos diversos sectores de actvidade arqueológica - Maria Miguel Lucas, Maria José Almeida, António Valera, João Pedro Ribeiro, José Eduardo Mateus e eu próprio - para procurarem encontrar uma plataforma de entendimento o mais abrangente possível, suceptível de ser discutida no IV Congresso de Arqueologia Peninsular. Dado o bom acolhimento que esta iniciativa teve por parte da organização do congresso, a sessão inicialmente proposta foi transformada em debate mais alargado, que terá lugar, como já devem ter verificado, na próxima 6ª feira, dia 17 de Setembro, às 17horas. Envio-vos, assim, em anexo, o projecto de moção ou recomendação ao congresso, que esperamos sirva de ponto de partida para um debate que se espera seja o mais participado e animado possível. Contamos com a presença de todos ! Um abraço e até Faro ! José Morais Arnaud P.S.: para eventuais comentários, sugestões, ou até insultos, podem contactar-me a partir de agora via e-mail: jarnaud@sapo.pt. ---------------------------------------------------------------------------- ---- _______________________________________________ Archport mailing list Archport@list-serv.ci.uc.pt http://sagitta.ci.uc.pt/mailman21/listinfo/archport
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