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[Archport] Extensão do IPA fechada há um mês


•   To: <archport@list-serv.ci.uc.pt>
•   Subject: [Archport] Extensão do IPA fechada há um mês
•   From: João Vaz <jlivaz@sapo.pt>
•   Date: Thu, 27 Jan 2005 15:03:38 -0000

    Do Jornal de Notícias de hoje, respigamos a seguinte notícia. É lamentável que no século XXI e depois de tantos anos de luta a Arqueologia continue a ser totalmente desconsiderade por este governo. João Vaz
 


Instituto de Arqueologia de porta fechada há um mês
indignação Arqueólogos reclamam a substituição rápida da única técnica, ausente em licença de parto Levantamentos e pareceres podem sofrer atrasos devido ao encerramento
 

 

Muralha romana descoberta na Rua Formosa, em Viseu, foi uma das obras fiscalizadas pelo IPA



Rui Bondoso

Aextensão de Viseu do Instituto Português de Arqueologia (IPA), a maior do país em número de concelhos abrangidos (43 dos distritos de Aveiro e Viseu), está fechada há quase um mês. A única funcionária ali colocada (uma arqueóloga), entrou em licença de parto e só regressa em Maio. Como não foi substituída, é um técnico da extensão de Pombal que, uma vez por semana, cobre a falha em Viseu.


Os arqueólogos estão indignados e o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, que não sabia do encerramento, vai pedir explicações aos responsáveis do IPA, em Lisboa.

"Se a extensão existe é para funcionar, não é para estar de portas fechadas", protesta Jorge Adolfo Marques, professor de História e Arqueologia no pólo de Viseu da Universidade Católica.

O arqueólogo exige a substituição da técnica e a reabertura imediata da extensão. "Num caso urgente, já fui obrigado a recorrer a Lisboa, porque o IPA em Viseu estava fechado", lembra.

Pedro Sobral, da Arqueohoje, uma empresa de arqueologia sediada em Viseu, mostra-se preocupado. "Com tantos empreendimentos públicos e privados a decorrer, que envolvem remoção de terras e tendo o IPA o papel fiscalizador, pergunto como é que estão a ser fiscalizados esses trabalhos?", alerta.

"E numa situação de emergência, como é que se ultrapassa o problema? Pára-se a obra?", acrescenta Pedro Sobral.

O presidente da Câmara de Viseu desconhecia o fecho da extensão do IPA. "Não sabia disso, mas vou saber já amanhã (hoje)", garante.

Fernando Ruas lembra que os serviços até estão instalados num edifício cedido pela autarquia - a Casa do Miradouro, nas imediações da Sé - e que, só por isso, devia ter sido informado da situação.

O autarca sublinha que, ainda recebeu queixas de gente a protestar, mas frisa que está contra qualquer tentativa de encerramento definitivo da delegação do IPA na cidade. "Estarei atento", refere Ruas.


A maior do país

A extensão de Viseu, inaugurada em Maio de 1998 pelo então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, é a maior do país em número de concelhos abrangidos 43 dos distritos de Aveiro (19) e Viseu (24).


Mas sendo a mais extensa é, curiosamente, aquela que menos técnicos tem ao serviço, no caso, apenas um.

Das nove existentes em Portugal, só a da Covilhã e Silves têm idêntico número. As restantes seis (Minho e Douro Litoral, Trás-os-Montes, Pombal, Torres Novas, Crato e Castro Verde), dispõem de dois arqueólogos ao serviço.

"Trabalhamos muito, mas pagam-nos a recibo verde", queixa-se um dos técnicos.

 


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