Agradecemos divulgação desta reflexão/notícia na
Archport e noutras listas de pessoas interessadas em Arqueologia e
Património
Principais etapas na interpretação recente de
arquitecturas pré-históricas do tipo Boussargues- Lébous- Cambous (Sul
de França) - Los Millares (Almeria) Zambujal Leceia
Vila Nova de S. Pedro (Estremadura portuguesa) Castelo Velho
Castanheiro do Vento (Alto Douro português) (seg. a
perspectiva/hipótese da ³escola de Pré-história da Faculdade de Letras
do Porto²) esquema muito simplificado:
- Meados dos anos 90
do séc. XX não são sítios com características homogénas -
Idem não são dispositivos militares-defensivos - Finais dos anos
90- inícios do Séc. XXI são recintos murados plurifuncionais e
lugares identitários integram-se assim na problemática global
dos recintos pré-históricos de toda a Europa central e ocidental - A
pedra não é o principal material de construção, mas apenas o esqueleto
de construções plásticas em argila - Revelam um modo de construção
muito peculiar, com taludes exteriores, por vezes erradamente
interpretados, em certas áreas peninsulares e extra-peninsulaes, como
derrubes. Ao proceder ao seu desmonte, para expor pretensos muros de
pedra verticais, criam-se arquitecturas muito diferentes das que
deveriam ter existido na pré-história - Não são apenas recintos em
pontos altos, mas autênticas colinas monumentalizadas - O
³povoamento² da época calcolítica e da I. do Bronze (até ao B. Final
exclusive) não seria constituído por estes sítios, que deviam apenas e
sobretudo funcionar como ³cabeças de territórios², constituindo uma
rede. - Nota: o sítio do Crasto de Palheiros (esc. de M.J.S. da FLUP),
apesar das transformações sofridas na I. do Ferro, é também um recinto
calcolítico com taludes monumentais, mas com características próprias,
uma vez que aproveita não uma colina qualquer (inserta numa arriba
como Castelo Velho ou Castanheiro do Vento), mas um verdadeiro
monólito quartzítico, autêntico ³monumento natural² depois afeiçoado.
Estes assuntos que constituem hipóteses de trabalho que
diferem das perspectivas de outros colegas, que naturalmente se
respeitam - serão de novo debatidos com a comunidade arqueológica
interessada durante o II Congresso de Arqueologia de Trás-os-Montes,
Alto Douro e Beira Interior, de 19 a 21 de Maio de 2005, em Vila Nova
de Foz Côa (Centro Cultural). Contacto: ACDR de Freixo de Numão :
279789573. Pede-se desculpa a quem não interessar esta mensagem.
SOJ/VOJ
susanaojorge@yahoo.com.br e vojorge@clix.pt
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