RE: [Archport] Arqueologia

["Rafael Alfenim" <ralfenim@ippar.pt>]

É claro que as preocupações dos arqueólogos, enquanto investigadores, não se devem ficar pela investigação e abandono dos sítios após os trabalhos arqueológicos. 
Relativamente a S. Cucufate, foi publicitado nos meios de comunicação social que o sítio estava fechado, etc..; foi verdade durante uma ou duas semanas, felizmente já não é verdade, nem tem sido ao longo dos anos. S. Cucufate, como Conimbriga, são Sítios relativamente aos quais os responsáveis pelos trabalhos arqueológicos, não só publicaram os resultados como se preocuparam e promoveram a sua conservação e apresentação pública.
Em S.Cucufate, sob a responsabilidade da Direcção Regional de Évora do IPPAR, o Centro de Acolhimento e Interpretação, o tratamento dos espaços exteriores e a criação de um circuito de visita estão abertos desde Fevereiro de 2002. Entretanto, um vasto programa de conservação e restauro, incluindo o monumento propriamente dito, a pintura medieval e moderna da capela e os materiais arqueológicos, tem vindo a ser desenvolvido. 
Em princípio, até ao final deste ano de 2005, o IPPAR abrirá ao público, na Casa do Arco, em Vila de Frades (a povoação mais próxima do Sítio, entre Vidigueira e o Monumento), a Área de Exposições Temporárias do Museu de Arqueologia de S. Cucufate, com uma exposição monográfica sobre S. Cucufate.
S. Cucufate não é, felizmente, um exemplo daquilo que a Graça Cravinho diz.

Cumprimentos,

Rafael Alfenim
 -----Mensagem original-----
De: 	Graca Cravinho [mailto:graca@hermite.cii.fc.ul.pt] 
Enviada:	sexta-feira, 6 de Maio de 2005 9:56
Para:	Archport@list-serv.ci.uc.pt
Assunto:	[Archport] Arqueologia

	Uma outra corrente, defendida por alguns 
arqueólogos conhecidos da nossa praça, é de 
opinião que não se devem fazer mais escavações 
porque, após escavadas, as estações arqueológicas 
ficam completamente ao abandono, a deteriorar-se 
dia a dia, por falta de vigilância e/ou obras de 
consolidação e limpeza (informaram-me ser o caso 
de S. Cucufate, por exemplo).
	O que, se calhar, não deixa de ser 
verdade. Só que esses arqueólogos, que tão 
activamente participaram no "boom" da Arqueologia 
nos anos 80, AGORA têm as suas teses de 
Doutoramento defendidas e as suas carreiras 
académicas ou museológicas asseguradas...

	Cumprimentos,

	Graça Cravinho
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