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[Archport] Monte de Góio s - Caminha.


•   To: archport@lserv.ci.uc.pt
•   Subject: [Archport] Monte de Góio s - Caminha.
•   From: Lemos@uaum.uminho.pt
•   Date: Fri, 6 Jan 2006 00:50:07 +0000

Boa Noite:
Embora não partilhe nem os excessos de linguagem, nem diversas opiniões, que 
constam do apelo da Corema recebido esta noite, considero ser meu dever 
difundir esse documento. De facto não faltam os acessos rodoviários a Caminha, 
como aliás é salientado. Mais um para quê?
Saudações.
Francisco Sande Lemos 
  

Texto do apelo da Corema:
"Prevendo-se, para os próximos dias, novos desenvolvimentos relacionados com a 
construção da chamada Ligação a Caminha, da A28/IC1 à EN13, vimos, 
encarecidamente,  apelar a V. Ex.a  no sentido de fazer chegar ao Ministério 
da Cultura, ao IPA e ao IPPAR as suas preocupações face à possibilidade do 
Governo dar "luz verde" àquela obra. Trata-se de um projecto completamente 
desnecessário em termos rodoviários - a auto-estrada em causa vai ser 
prolongada para norte e não finalizará em Vilar de Mouros, limite actual do 
troço construído; já existem quatro saídas no concelho de Caminha e numa 
distância de 8 Km!!! É um projecto aberrante  ao nível do ordenamento do 
território; chocante em termos geológicos, paisagísticos e ambientais; 
insultuoso para a qualidade de vida dos residentes; inqualificável no que 
concerne ao património existente. Se a obra em questão se viesse a 
concretizar, cometer-se-ia um monstruoso atentado ao património arqueológico 
de um valor incomensurável.   
Estamos certos que todas as iniciativas que a comunidade científica, e em 
particular os arqueólogos, entenda levar a cabo em defesa das gravuras 
rupestres do Monte de Góios serão determinantes para o futuro deste património 
pré e proto-histórico. Se conseguimos até agora evitar que mais 5 Km de 
asfalto arrasem um verdadeiro santuário de arte rupestre, a isso se deveu, 
também, à mobilização de muitos elementos da comunidade arqueológica. 
Face às pressões exercidas pela empresa concessionária, pelo "lobby do 
cimento" e por toda uma série de interesses ilegítimos e inconfessáveis, torna-
se imperioso que todos aqueles que consideram que o futuro do país passa 
necessariamente pela preservação e valorização do seu património façam ouvir a 
sua voz, tanto mais quando se trata de proteger o património arqueológico. 
Contra a passividade, a insensibilidade dos poderes públicos e afrontando 
obstáculos dificilmente transponíveis, a COREMA dedicou os últimos quatro anos 
a lutar pela preservação daquilo que para muitos não passa de "umas pedras com 
uns riscos". Já à data da sua fundação (1988) e nos anos seguintes tinha 
alertado para a necessidade de proteger as lajes insculturadas, até então 
identificadas. É, pois, já longo o caminho  percorrido, mas não desistiremos 
de atingir o objectivo desta dura caminhada: a conservação deste património 
para que as gerações vindouras o possam usufruir plenamente. Temos, no 
entanto, consciência que sozinhos não o conseguiremos! 
Solicitamos, pois, que envie às entidades a seguir designadas uma mensagem 
apelando à importância de preservar os petróglifos de Lanhelas"


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