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Pois era. Os navios portugueses perdidos pelo mundo são um património inestimável, um recurso não renovável e em rápida destruição. Como nenhum dos governos, desde o início dos anos noventa, se interessou minimamente por este assunto, era bom tentar alertar a comunidade científica internacional. Nem que fosse no sentido de se inventariar os estragos. Mas há investigadores sérios a trabalhar em naufrágios portugueses por esse mundo fora: o Dr. Sila Tripati, na Índia, esta a escavar um navio português; o Dr. Paul Brandt organizou um grupo de estudos de navios portugueses na Africa do Sul, dinâmico e sério; a Dra. Valerie Estherhuisen escreveu uma dissertação notável sobre porcelanas de navios portugueses na Africa do Sul, etc. E acho que era bom que alguém pusesse por escrito as histórias de destruições de navios portugueses: em Moçambique, em Madagáscar, na Malásia, e agora a ameaça de vermos um destruído aqui ao lado, no norte de Franca! Mas enfim, isto é só uma ideia. Filipe Castro
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