[Archport] Danos irreversíveis em Cerro Furado (Beja)

["nandopc" <nandopc@sapo.pt>]

"Câmara de Beja denuncia destruição de necrópole e avança com queixa-crime 

O município de Beja denunciou hoje que uma necrópole da Idade do Ferro, perto de Baleizão, foi alvo de ?destruição irreversível? e que apresentou uma queixa-crime por destruição de património arqueológico e profanação de cadáver."

 

Isto é o título e primeiro parágrafo de uma notícia publicada no público on-line e que pode ser lida no seguinte endereço: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1274054  

 

É impressionante como acontecem destruições de património arqueológico, em sítios onde já ocorreram violações por diversas vezes, e não se conseguiu proteger os sítios desses actos incultos. Existem diversas estações arqueológicas que são muito procuradas por "caçadores de tesouros" e que provocam, na maioria das vezes, destruições incalculáveis nesses locais, reduzindo de forma significativa os resultados científicos de uma futura investigação. Pergunto, eu, aos meus botões para que servem tantas leis, decretos, convenções, e instituições de defesa do património, quando na prática se continuam a cometer atentados contra uma herança que a todos pertence. Compreendo que existem sempre diferenças entre a teoria e a prática, e que as entidades responsáveis não têm os meios suficientes para chegar a todo lado, mas a lei diz que todos temos o dever de proteger o património e penso que podemos dar sempre um pouco mais para prevenir atitudes menos civilizadas.  Será que a atitude mais correcta é esperar-mos que a sociedade se torne mais civilizada enquanto vai aniquilando bens não renováveis?

Isto são apenas algumas reflexões provocadas por esta notícia e que concerteza não são só minhas...

 

Um abraço a todos e bom fim-de-semana!

 

Fernando Dias