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-----Mensagem original----- De: jarnaud@sapo.pt [mailto:jarnaud@sapo.pt] Enviada: segunda-feira, 30 de Outubro de 2006 19:17 Para: archport-request@lserv.ci.uc.pt Assunto: Extinção do IPA e do IPPAR Solicita-se a divulgação urgente do seguinte comunicado da Direcção da ASSOCIAÇÃO DOS ARQUEÓLOGOS PORTUGUESES: Caros Colegas e Amigos: Após vários anos no "corredor da morte", parece que o IPA vai finalmente ser executado ! Com efeito, o recentemente publicado Decreto-Lei nº215/2006 de 27 de Outubro, confere ao agora criado "IGESPAR" atribuições sobretudo em relação ao património arqueológico classificado ou em vias de classificação. É certo que a alínea b) do art.º2º do referido decreto define como uma das atribuições do Ministério da Cultura "Valorizar o património arqueológico e arquitectónico", e que a alínea f) do Art.º 21º estabelece como uma das atribuições do IGESPAR "Dar cumprimento às normas da Lei de Bases da Política e do Regime de Protecção e Valorização do Património Cultural e demais legislação complementar, no âmbito do património cultural arquitectónico e arqueológico", mas esta atribuição genérica contrasta com o ênfase dado às restantes atribuições, todas elas focadas no património classificado. Uma primeira leitura deste Decreto-Lei suscita ainda muitas outras questões, que irão decerto ser debatidas num contexto que ultrapassa largamente o âmbito da arqueologia. Independentemente do que cada um de nós pense acerca da prática concreta do IPA ao longo de quase uma década de existência, metade da qual com a morte anunciada, o quadro institucional que agora se desenha, constitui, aparentemente, um retrocesso em relação ao que foi conquistado, com muito esforço e sacrifício, por toda uma geração de arqueólogos. Importa, assim, promover, com a maior urgência, uma mobilização geral da comunidade arqueológica, para discussão destas questões, que a todos afectam. Essa mobilização é essencial para que a nossa voz seja ouvida pelos responsáveis máximos do Ministério da Cultura, nomeadamente por aqueles que irão elaborar a Lei Orgânica do IGESPAR, nos próximos 90 dias. A Direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses disponibiliza-se, desde já, para a organização, com a maior brevidade possível, de um amplo debate sobre a actual situação da arqueologia em Portugal e o respectivo enquadramento institucional. Está marcada para amanhã, dia 31 de Outubro, pelas 17h30, uma Assembleia Geral da AAP, de cuja ordem de trabalhos consta, como é habitual, um ponto para discussão de assuntos de interesse associativo. Apelo, assim, a todos os nossos consócios que compareçam nessa Assembleia, para uma primeira discussão destas matérias, da qual poderá sair uma moção a apresentar ao Governo, bem como outras iniciativas mobilizadoras da comunidade arqueológica, cujo futuro está de novo ameaçado ! José Morais Arnaud Presidente da Direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses
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