22 de fevereiro
Seminário
internacional "Museums: one object, many visions..."
O MNA recebe um seminário internacional, promovido pelo ICOM
Portugal e o projeto EMEE, no qual se apresentarão experiências em
museus que têm possibilitado o trabalho em rede.
Pode conhecer o programa aqui.
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27 de
fevereiro, às 15h30
Peça do Mês Comentada - Inscrição comemorativa da
oferta de um relógio, por Amílcar Guerra
Partindo de uma peça da exposição "Lusitânia Romana. Origem de
dois povos / Lusitania Romana. Origen de dos pueblos", fique a
conhecer um pouco melhor esta província romana que ocupava então,
sensivelmente, grande parte de Portugal, entre o Douro e o Algarve,
a atual Extremadura espanhola e uma pequena área da Andaluzia. Quis
a História que este território, que os romanos unificaram geográfica,
política e administrativamente, ficasse durante séculos repartido
por duas nações: Portugal e Espanha.
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![OAP]()
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O
Arqueólogo Português – receção de
artigos para os volumes 4 e 5 (2014-2015) da série 5
Em 2015 comemoraram-se os 120 anos da criação da revista O Arqueólogo
Português pelo fundador do atual MNA, Doutor
José Leite de Vasconcelos. Foi um ano de celebração, mas também de
novo rumo e inflexão nos destinos de uma publicação centenária que
sempre se projetou como repositório científico da arqueologia
portuguesa e não só. Foram integralmente disponibilizadas, on-line,
as diferentes séries da revista na página da DGPC.
Iniciada em 2011
a parceria com a INCM que esteve na origem
da série 5, atualmente em vigor, temos o volume 3 de 2013 em
impressão e estamos a divulgar aos investigadores a intenção de
preparar a publicação do volume 4 da série 5 até ao final do
corrente ano, já com sistema de arbitragem (peer review)
implementado.
Os artigos a submeter deverão ser enviados, preferencialmente até ao final de
março de 2016, para o seguinte
endereço:
diretor@mnarqueologia.dgpc.pt.
Para qualquer esclarecimento suplementar poderá ser contactada a
Coordenadora Editorial no seguinte endereço:
amelo@mnarqueologia.dgpc.pt.
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4 de fevereiro
a 15 de março, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
"O Arquivo Leisner e os Arquivos Históricos da
Arqueologia Portuguesa"
No dia 4 de fevereiro terá lugar no Anfiteatro 1 da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) o workshop "O
Arquivo Leisner e os Arquivos Históricos da Arqueologia
Portuguesa", precisamente no dia de aniversário de Vera
Leisner, 4 de fevereiro (1885), sob organização da UNIARQ –
FLUL e Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), contando com a
colaboração da delegação de Madrid do Deutsches Archäologisches
Institut (DAI).
No âmbito do workshop, será inaugurada uma
exposição documental que apresenta o Arquivo Leisner em
interligação com outros acervos documentais / instituições, entre
os quais se encontra o MNA.
A exposição ficará patente na Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, até 15 de março.
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Biblioteca e
Arquivo Histórico do MNA
Em destaque
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De gostos
ecléticos – e menos não seria de esperar de um homem de fin de síècle –
José Leite de Vasconcelos (1858-1941), fundador do Museu Nacional de
Arqueologia, legou para a posteridade um importante conjunto de obras
antigas e manuscritos que, a par com as incansáveis recolhas e
doações de objetos arqueológicos, constituem um espólio cultural
inigualável que, até ao momento, é pouco conhecido e/ou divulgado.
Todavia, o Museu Etnológico, criado e instalado no Mosteiro dos
Jerónimos em 1893, foi adquirindo, com o passar dos anos, uma
preponderância maioritariamente arqueológica, abandonando os
desígnios histórico-etnográficos que presidiriam à sua fundação. Na
sua génese esta instituição olhava para qualquer artefacto – desde o
documento ao objeto, passando pela tradição oral – como prova das
origens ancestrais do povo português. Só assim se justifica muitas
das aquisições díspares do seu fundador, entre os quais os manuscritos avulsos.
É esse precioso conjunto (agora em processo de inventariação) que neste
mês de Fevereiro se pretende revisitar.
A proveniência dos mesmos nem sempre é clara (o que ajudaria, por
exemplo, a estabelecer diretrizes para uma história do arquivo). Mas
entre doações, registos de compra e de entrada, informações dispersas
e afins, existe um conjunto que, de acordo com uma nota inicial, foi
adquirido num alfarrabista da capital no ano de 1909. Tratam-se de
uns manuscritos respeitantes à terceira e última invasão francesa a
Portugal (1810-1811), comandada pelo general André Massena (1758-1817).
Sabe-se que a entrada dos exércitos franceses em território nacional,
no contexto das políticas de bloqueio continental decretadas por
Napoleão a Portugal, deixou atrás de si um rasto de destruição e
morte que, ainda hoje, subsiste na memória popular. A última das
invasões terá sido uma das mais catastróficas para a economia e para
a população civil.
Após a sua retirada (e depois de vencidos pelas engenharia militar
das Linhas de Torres), os franceses não deixaram de cometer
atrocidades pois, desesperados pela fome e pelo cansaço, e buscando
mais sobreviver em campo inimigo, destruíram, pilharam e violaram
populações inteiras para extorquir o que conseguissem.
Terminado o terror, era necessário avaliar os estragos causados pelos
invasores, e um Aviso Régio de 25 de Março de 1811 decretava que
todos os párocos elaborassem relações dos prejuízos e das vítimas das
suas regiões. São exatamente essas listagens que Leite de Vasconcelos
adquiriu no início do século passado.
Contabilizadas essas relações, quase todas são respeitantes à zona da
Estremadura (em especial, os atuais distritos de Lisboa, Santarém e
Leiria, os mais afetados) e descriminam as mortes, as violações, os
roubos, as profanações e ainda a quantidade de órfãos e pobres que
vagueavam pelas paróquias após retirada dos invasores.
Não menos importante, e também presente neste conjunto documental,
são as relações relativas à distribuição do donativo britânico – uma
arrecadação monetária organizada pelo Parlamento inglês e que se
destinou a auxiliar as vítimas portuguesas da guerra.
Um dos principais motivos desse donativo passava por suspender o
progresso da fome e da miséria instalada entre a população. Para isso
foram organizadas comissões eclesiásticas, cuja função seria avaliar
o estado de pobreza da população.
O pouco espaço disponível não permite uma abordagem complexa perante
um tema que exige maior aprofundamento. Contudo, deixam-se alguns
desses documentos - um respeitante à freguesia de Abitureiras,
concelho de Santarém, retratando as atrocidades dos exércitos; outro,
da freguesia de Achete, do mesmo concelho, com o registo das esmolas
distribuídas pelos necessitados; e ainda um decreto a condenar a
atitude de deserção dos soldados portugueses! - como um apêndice e
chamariz para investigações futuras.
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