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[Archport] MNA DIGITAL: BOLETIM - FEVEREIRO 2016

To :   "museum" <museum@ci.uc.pt>, "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] MNA DIGITAL: BOLETIM - FEVEREIRO 2016
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Sat, 6 Feb 2016 23:48:21 -0000

Title: MNA DIGITAL: BOLETIM - FEVEREIRO 2016

 

MNA Digital: Boletim n.º 20

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programação.

 

 

 

icomemee

22 de fevereiro
Seminário internacional "Museums: one object, many visions..."


O MNA recebe um seminário internacional, promovido pelo ICOM Portugal e o projeto EMEE, no qual se apresentarão experiências em museus que têm possibilitado o trabalho em rede.

Pode conhecer o programa aqui.

 

 

 

orarium

27 de fevereiro, às 15h30
Peça do Mês Comentada - Inscrição comemorativa da oferta de um relógio, por Amílcar Guerra

Partindo de uma peça da exposição "Lusitânia Romana. Origem de dois povos / Lusitania Romana. Origen de dos pueblos", fique a conhecer um pouco melhor esta província romana que ocupava então, sensivelmente, grande parte de Portugal, entre o Douro e o Algarve, a atual Extremadura espanhola e uma pequena área da Andaluzia. Quis a História que este território, que os romanos unificaram geográfica, política e administrativamente, ficasse durante séculos repartido por duas nações: Portugal e Espanha. 

 

 

 

OAP

O Arqueólogo Português – receção de artigos para os volumes 4 e 5 (2014-2015) da série 5

Em 2015 comemoraram-se os 120 anos da criação da revista O Arqueólogo Português pelo fundador do atual MNA, Doutor José Leite de Vasconcelos. Foi um ano de celebração, mas também de novo rumo e inflexão nos destinos de uma publicação centenária que sempre se projetou como repositório científico da arqueologia portuguesa e não só. Foram integralmente disponibilizadas, on-line, as diferentes séries da revista na página da DGPC.

Iniciada em 2011 a parceria com a INCM que esteve na origem da série 5, atualmente em vigor, temos o volume 3 de 2013 em impressão e estamos a divulgar aos investigadores a intenção de preparar a publicação do volume 4 da série 5 até ao final do corrente ano, já com sistema de arbitragem (peer review) implementado.

Os artigos a submeter deverão ser enviados, preferencialmente até ao final de março de 2016, para o seguinte endereço:
diretor@mnarqueologia.dgpc.pt.

Para qualquer esclarecimento suplementar poderá ser contactada a Coordenadora Editorial no seguinte endereço:
amelo@mnarqueologia.dgpc.pt.

 

Extramuros

 

Leisner

4 de fevereiro a 15 de março, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
"O Arquivo Leisner e os Arquivos Históricos da Arqueologia Portuguesa"

No dia 4 de fevereiro terá lugar no Anfiteatro 1 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) o workshop "O Arquivo Leisner e os Arquivos Históricos da Arqueologia Portuguesa", precisamente no dia de aniversário de Vera Leisner, 4 de fevereiro (1885), sob organização da UNIARQ – FLUL e Direcção Geral do Património Cultural (DGPC), contando com a colaboração da delegação de Madrid do Deutsches Archäologisches Institut (DAI).

No âmbito do workshop, será inaugurada uma exposição documental que apresenta o Arquivo Leisner em interligação com outros acervos documentais / instituições, entre os quais se encontra o MNA.

A exposição ficará patente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, até 15 de março.

 

 

Biblioteca e Arquivo Histórico do MNA
Em destaque

 

De gostos ecléticos – e menos não seria de esperar de um homem de fin de síècle – José Leite de Vasconcelos (1858-1941), fundador do Museu Nacional de Arqueologia, legou para a posteridade um importante conjunto de obras antigas e manuscritos que, a par com as incansáveis recolhas e doações de objetos arqueológicos, constituem um espólio cultural inigualável que, até ao momento, é pouco conhecido e/ou divulgado.

Todavia, o Museu Etnológico, criado e instalado no Mosteiro dos Jerónimos em 1893, foi adquirindo, com o passar dos anos, uma preponderância maioritariamente arqueológica, abandonando os desígnios histórico-etnográficos que presidiriam à sua fundação. Na sua génese esta instituição olhava para qualquer artefacto – desde o documento ao objeto, passando pela tradição oral – como prova das origens ancestrais do povo português. Só assim se justifica muitas das aquisições díspares do seu fundador, entre os quais os manuscritos avulsos.

É esse precioso conjunto (agora em processo de inventariação) que neste mês de Fevereiro se pretende revisitar.

A proveniência dos mesmos nem sempre é clara (o que ajudaria, por exemplo, a estabelecer diretrizes para uma história do arquivo). Mas entre doações, registos de compra e de entrada, informações dispersas e afins, existe um conjunto que, de acordo com uma nota inicial, foi adquirido num alfarrabista da capital no ano de 1909. Tratam-se de uns manuscritos respeitantes à terceira e última invasão francesa a Portugal (1810-1811), comandada pelo general André Massena (1758-1817).

Sabe-se que a entrada dos exércitos franceses em território nacional, no contexto das políticas de bloqueio continental decretadas por Napoleão a Portugal, deixou atrás de si um rasto de destruição e morte que, ainda hoje, subsiste na memória popular. A última das invasões terá sido uma das mais catastróficas para a economia e para a população civil.

Após a sua retirada (e depois de vencidos pelas engenharia militar das Linhas de Torres), os franceses não deixaram de cometer atrocidades pois, desesperados pela fome e pelo cansaço, e buscando mais sobreviver em campo inimigo, destruíram, pilharam e violaram populações inteiras para extorquir o que conseguissem.

Terminado o terror, era necessário avaliar os estragos causados pelos invasores, e um Aviso Régio de 25 de Março de 1811 decretava que todos os párocos elaborassem relações dos prejuízos e das vítimas das suas regiões. São exatamente essas listagens que Leite de Vasconcelos adquiriu no início do século passado.

Contabilizadas essas relações, quase todas são respeitantes à zona da Estremadura (em especial, os atuais distritos de Lisboa, Santarém e Leiria, os mais afetados) e descriminam as mortes, as violações, os roubos, as profanações e ainda a quantidade de órfãos e pobres que vagueavam pelas paróquias após retirada dos invasores.

Não menos importante, e também presente neste conjunto documental, são as relações relativas à distribuição do donativo britânico – uma arrecadação monetária organizada pelo Parlamento inglês e que se destinou a auxiliar as vítimas portuguesas da guerra.

Um dos principais motivos desse donativo passava por suspender o progresso da fome e da miséria instalada entre a população. Para isso foram organizadas comissões eclesiásticas, cuja função seria avaliar o estado de pobreza da população.

O pouco espaço disponível não permite uma abordagem complexa perante um tema que exige maior aprofundamento. Contudo, deixam-se alguns desses documentos - um respeitante à freguesia de Abitureiras, concelho de Santarém, retratando as atrocidades dos exércitos; outro, da freguesia de Achete, do mesmo concelho, com o registo das esmolas distribuídas pelos necessitados; e ainda um decreto a condenar a atitude de deserção dos soldados portugueses! - como um apêndice e chamariz para investigações futuras.

 

Abitureiras

Achete

desercao

 

 

 

 

 


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