Boas tardes, obrigada pelas opiniões mas eu não disse que o Colóquio ou que as palestras deveriam ser em português, mas apenas que as duas línguas deveriam estar presentes na divulgação, nos resumos, no programa, enfim, o que é mais simples, o que nada custa pois os responsáveis são portugueses e a iniciativa é cá. Aquilo que supostamente exige mais esforço é a tradução para inglês. Será pedir muito ? Claro que não ! Tão simples como importante. Cumprimentos Maria Ramalho To: sandelemos@gmail.com From: antoniovalera@era-arqueologia.pt Date: Thu, 2 Jun 2016 13:59:12 +0100 CC: archport-bounces@ci.uc.pt; archport@ci.uc.pt Subject: Re: [Archport] Uma nota ao Colóquio internacional Enclosing Worlds Caro Sande Lemos Plenamente de acordo. Acontece que para serem forçados a (leia-se terem interesse em) ler português têm que ter já algum conhecimento da importância e qualidade do que se faz por cá (só se procura o que se sabe ou suspeita existir). Ou seja, é necessária uma fase prévia de disponibilização (brincando com um dos conceitos de uma teoria sobre neolitização) e essa tem que ser feita de forma acessível. Creio que já acontece com alguma frequência investigadores estrangeiros (para além dos que falam espanhol) procurarem e lerem bibliografia arqueológica em português (a disponibilização em rede também facilitou muito essa aproximação), mas penso que ainda estamos numa fase de disponibilização. Durante muito tempo a arqueologia portuguesa esteve ausente dos palcos europeus e mundiais. Ainda se verifica, mas progressivamente menos. Conseguindo afirmar o nosso trabalho em termos internacionais não só trará as vantagens de estarmos em redes maiores de comunicação e troca de saber e experiências, como estimulará o interesse em conhecer o que por cá se faz e escreve, favorecendo e estimulando a leitura de bibligrafia científica arqueológica em português. Por outras palavras, estaremos a trabalhar na defesa do uso do português como língua científica se não tivermos problemas em divulgarmos e debatermos o nosso trabalho e pensamento no palco internacional em inglês construindo a relevância internacional da ciência que fazemos. É essa que fará com que também sejamos lidos lá fora quando escrevemos em português. Cordiais saudações. António Carlos Valera Direcção do Núcleo de Investigação Arqueológica - NIA ERA Arqueologia SA. Cç. de Santa Catarina, 9C, 1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo antoniovalera@era-arqueologia.pt www.era-arqueologia.pt
Boa tarde: Os argumento são muitos e não há motivos para que não se organizem colóquios em inglês em Portugal. O de 1880 tinha como língua oficial o francês através da qual Francisco Martins Sarmento acolheu visitantes europeus das mais diversas nacionalidades em Briteiros, guiando a excursão à Citânia. No século XIX era o francês a língua científica mais utilizada. Hoje é o Inglês. Mas a verdade é que os investigadores americanos serão forçados a aprender cada vez mais espanhol ou português. Nesse sentido o uso da língua portuguesa, que se lê com a mesma facilidade do que o castelhano, só contribui para melhorar a competitividade científica dos USA e de outras comunidades linguísticas. . Cordialmente, FSL 2016-06-02 13:10 GMT+01:00 <antoniovalera@era-arqueologia.pt>: Cara Maria Ramalho Diria mesmo que a língua é muito mais que património. É estruturante do pensamento. Daí que,as boas traduções sejam tão difíceis de realizar. Mas o que aqui está em causa é comunicação num âmbito disciplinar científico internacional, sendo que as circunstâncias históricas em que vivemos aconselham a que seja em inglês. Quem está em ciência hoje tem de saber inglês, como qualquer outro investigador de um país com outra língua, sob pena de isolamento e de sofrer as consequências que decorrem desse isolamento. Não me parece que seja por causa de iniciativas destas que a língua portuguesa não é cuidada nem acarinhada. Nem deixou de o ser quando, em tempos, a comunicação científica elegia o Francês. Os benefícios que decorrem, para a nossa comunidade científica e para os nossos estudantes, de nos fazermos ouvir e entender são bem maiores do que qualquer mal que daí decorra para a língua (se é que decorre algum). Não se trata de deixar de falar ou escrever português em ciência, mas apenas de entender que isso se justifica numas ocasiões e em outras não. Creio que a efectiva defesa da nossa língua passa por outras circunstâncias, essas sim merecedoras da maior preocupação. Nas escolas, nas universidades, nos telemóveis, nos acordos ou até numas iniciativas políticas pseudo igualitaristas. Mas aceito a sua crítica, ainda que discorde dela relativamente à iniciativa em causa. Poderíamos fazer a tradução do texto de apresentação do tema, dos títulos das comunicações e dos resumos. Com isso sempre se facilitaría a vida aos investigadores e estudantes que recusam ler inglês (ouvi que há recusas dessas em meios universitários), ainda que não tenha a certeza se é por uma questão de defesa do português. Cordiais saudações e obrigado por gostar da iniciativa. António Carlos Valera Direcção do Núcleo de Investigação Arqueológica - NIA ERA Arqueologia SA. Cç. de Santa Catarina, 9C, 1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo antoniovalera@era-arqueologia.pt www.era-arqueologia.pt
Excelente iniciativa mas lamento que se vão multiplicando encontros deste nível em que a nossa língua portuguesa, património tão relevante, não seja usada como alternativa. Não está em causa o uso do inglês mas sim que pelo menos todos os conteúdos de divulgação/informação sejam também em português, afinal é uma iniciativa que decorre em Portugal e todos os organizadores são portugueses. Duvido que sejam muitos os países, sobretudo europeus, que ao organizarem este tipo de iniciativas não se lembrem da sua língua. E afinal não custa nada pois não ? Grata se tiverem isso em atenção. Maria Ramalho To: archport@ci.uc.pt From: antoniovalera@era-arqueologia.pt Date: Thu, 2 Jun 2016 10:10:56 +0100 Subject: [Archport] Colóquio internacional Enclosing Worlds Informa-se que o programa das comunicações orais do colóquio Enclosing Worlds, que decorrerá entre 12 e 14 de Outubro de 2016 em Reguengos de Monsaraz, já está disponível em http://enclosingworlds.blogspot.pt/p/program.html O prazo para apresentação de propostas para posters é de 31 de Agosto. Estimuala-se todos os interessados na temática do colóquio (que aborda em termos gerais e comparativos a questão do "encerramento"), nomeadamente os investigadores mais jovens, a aproveitar esta oportunidade de dar a conhecer o seu trabalho e as suas ideias numa reunião de âmbito internacional através da apresentação de posters. António Carlos Valera Direcção do Núcleo de Investigação Arqueológica - NIA ERA Arqueologia SA. Cç. de Santa Catarina, 9C, 1495-705 Cruz Quebrada - Dafundo antoniovalera@era-arqueologia.pt www.era-arqueologia.pt _______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport _______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport _______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport _______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport _______________________________________________ Archport mailing list Archport@ci.uc.pt http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport |
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