No próximo dia 11 (terça-feira)
irá decorrer no Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, um Colóquio de
homenagem ao arqueólogo Francisco Tavares Proença Júnior (1883-1916) subordinado
ao tema Carta arqueológica do distrito de
Castelo Branco – contributos para uma revisão cem anos depois,
organizado pela Secção de História da Associação dos Arqueólogos Portugueses,
com a colaboração da Secção de Arqueologia da Sociedade de Geografia de Lisboa,
e que conta com o apoio da Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares
Proença Júnior. O principal objectivo deste Colóquio é o de abordar a vida e obra deste
pioneiro da arqueologia portuguesa através da sua obra de As várias comunicações programadas apresentarão assim cem anos depois a
actualização desse conhecimento através da apresentação dos trabalhos de vários
investigadores da região, nomeadamente referentes à carta arqueológica da
Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, e às dos concelhos de Belmonte,
Fundão, Covilhã, Penamacor, Idanha-a-Nova e Castelo Branco. Também no âmbito deste Colóquio será efectuada a mesa-redonda, Acervos Arqueológicos: Depósitos
vivos ou “Armazéns” mortos? Nos últimos vinte anos a expansão em quantidade dos trabalhos
arqueológicos desenvolvidos, maioritariamente devido à chamada arqueologia
preventiva e de acompanhamento de projectos e obras, levou a uma profusão dos
espólios, que em muitos casos são depositados sem serem objecto de estudo
científico, pelo que não existe pelo menos uma imediata contribuição na
produção conhecimento e na respectiva divulgação das evidências. Ir-se-á
assim procurar reflectir sobre o destino dos bens patrimoniais móveis
resultantes de intervenções arqueológicas e dos respectivos registos, questão
central necessária ao controlo de qualidade da actividade arqueológica. Por fim será apresentada pela Sociedade de Amigos do Museu Francisco
Tavares Proença Júnior a edição fac-similada de 1910 da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo Branco de
Francisco Tavares Proença Júnior. Nota biográfica Francisco Tavares Proença Júnior nasceu em Lisboa a 1 de Junho de 1883,
e após ter passado pelo colégio Arreton Vicarage, na ilha de Wight, Inglaterra,
ingressou em 1902 na Faculdade de Direito em Coimbra, altura em que surgem as
primeiras referências ao seu gosto pela arqueologia, tendo começado a
frequentar o Instituto de Coimbra,
academia científica, literária e artística. Em 1903 descobriu a Anta da Urgeira (Perais, em Vila Velha de Ródão) e
fez os primeiros registos topográficos da área Senhora de Mércoles/Santa
Ana/São Martinho (Castelo Branco). Em 1905 foi convidado a participar no Congrès Préhistorique de France, no qual
apresentou duas comunicações, numa das quais deu a conhecer as estelas
descobertas no Monte de São Martinho. Em 1908 propôs a Câmara Municipal de Castelo Branco a criação de museu,
que cedeu para o efeito a capela do Convento de Santo António. A 17 de Abril de
1910 foi inaugurado o museu por si financiado e que integrava a sua colecção de
arqueologia. Em Agosto desse ano lançou o n.º 1 da revista Materiaes para o estudo das antiguidades portuguezas,
da qual, até ao final do ano saíram mais dois volumes. Tendo aderido à Causa Monárquica, após a implantação da República,
acabou por se exilar, não tendo voltado mais a Portugal, tendo falecido a 24 de
Setembro de 1916 em La Rosiaz, na Suíça. No mês seguinte a Câmara Municipal de Castelo
Branco aprovou por unanimidade a alteração do nome do museu para Museu
Municipal Tavares Proença Júnior. PROGRAMA 10.00 - Abertura José Morais Arnaud – Direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses João Marques – Secção de História/Associação dos Arqueólogos
Portugueses Ana Cristina Martins – Secção de Arqueologia/Sociedade de Geografia de
Lisboa Fernando Raposo – Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Castelo
Branco Filomena Niza – Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença
Júnior 10.30 - Francisco
Tavares Proença Júnior, Arqueólogo, Archéologue Documentário de Olga Ramos apresentado por Carlos Fabião - Faculdade de
Letras/Universidade de Lisboa e Ana Ferreira - Museu Municipal Santos Rocha/CM
da Figueira da Foz 11.10 - Intervalo 11.30 - Carta
Arqueológica da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa 100 anos depois de
Francisco Tavares Proença Júnior Francisco Henriques, João Caninas, Mário Chambino – Associação de
Estudos do Alto Tejo 11.50 - Carta
arqueológica do Concelho de Belmonte após Francisco Tavares Proença Júnior Elizabete Robalo – CM de Belmonte 12.10 - Contributos
para a carta arqueológica do concelho do Fundão Joana Bizarro – Museu Arqueológico Municipal do Fundão 12.30 - Tavares
Proença Júnior e a Covilhã – Um trabalho por acabar Carlos Madaleno – Coordenador dos Museus Municipais da Covilhã 12.50 - Debate 13.00 - Almoço 14.30 - Arqueologia
do concelho de Penamacor. Do inventário de 1910 ao inventário de 2016 Sara Ferro – Investigadora 14.50 - Carta
arqueológica da região egitaniense. De Francisco Tavares Proença Júnior à actualidade Joaquim Batista – IPCB/Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova 15.10 -
Prospectando em redor de Idanha-a-Velha (1991) e novos percursos de
investigação, 25 anos depois José da Silva Ruivo – Museu Monográfico de Conímbriga Luís da Silva Fernandes – Investigador Pedro C. Carvalho – Faculdade de Letras/Universidade de Coimbra Sofia Lacerda – Faculdade de Letras/Universidade de Coimbra 15.30 - Francisco
Tavares de Proença Júnior o primeiro horizonte: Do triângulo das origens,
Mércules, Santa Ana e São Martinho, à emergência da arqueologia periurbana
albicastrense Pedro Salvado – Museu Arqueológico Municipal do Fundão 15.50 - Vestígios
Romanos do concelho de Castelo Branco na Carta Arqueológica de Tavares Proença Manuel Leitão – Investigador 16.10 - A exposição
de arqueologia do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior em 2004 Ana Ferreira – Museu Municipal Santos Rocha / CM da Figueira da Foz 16.30 - Debate 16.40 - Intervalo 17.00 - Mesa-redonda Acervos
arqueológicos: depósitos vivos ou “armazéns” mortos? Ana Cristina Martins – Secção de Arqueologia/Sociedade de Geografia de
Lisboa (moderação) Luís Raposo – MN Arqueologia; Presidente ICOM Europa Jacinta Bugalhão – DGPC; UNIARQ – FL/UL; CEAACP Pedro Salvado – Director do Museu Arqueológico Municipal do Fundão António Marques – Centro de Arqueologia de Lisboa/CM Lisboa 18.00 -
Encerramento João Marques, Teresa Marques, Carlos Boavida – Secção de História/Ass.
Arqueólogos Portugueses Ana Cristina Martins, João Senna-Martínez, Ana Ávila – Secção de
Arqueologia/Soc. Geografia de Lisboa Apresentação da
edição fac-similada de 1910 da Carta Arqueológica do Distrito de Castelo
Branco de Francisco Tavares Proença Júnior Adelaide Salvado, presidente do conselho director da Sociedade de
Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior Porto de Honra acompanhado de sabores da Beira De:
João Marques [mailto:jmarques64@gmail.com] Caros(as) colegas e amigos(as), Segue o programa final do Colóquio
de homenagem a FTPJ em versão PDF e JPG que podem aproveitar para divulgar
junto dos vossos canais. Até terça-feira. Com os melhores cumprimentos, João Marques
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Cartaz colóquio Tavares Proença.jpg
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