Segundo os princípios expressos na Carta de Cracóvia de 2000, os materiais e técnicas tradicionais de construção são, eles próprios, componentes importantes do património cultural. Qualquer intervenção de conservação e restauro deve, assim, respeitar a função do elemento visado e assegurar a compatibilidade dos materiais usados com os materiais, as estruturas e os valores arquitectónicos existentes. Os erros do passado têm vindo a provar que a não observação destas recomendações desvirtua os elementos originais e conduz a situações de degradação mais acelerada e severa do que a inicialmente existente.
Com o objectivo de contribuir para a preservação dos revestimentos de acabamento interiores antigos portugueses segundo estes pressupostos, realizou-se um estudo sistemático sobre a sua composição em vários períodos da história de Portugal.
Os resultados mostraram que a cal foi o principal constituinte destes revestimentos até meados do século XVIII, com o gesso a aparecer apenas em casos pontuais. A partir do século XIX, a importância dada aos revestimentos decorativos levou a uma inversão da situação e o uso deste ligante superou o da cal até às primeiras décadas do século XX.
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