Re: [Archport] e mais esta...
Alguém que leu a noticia!!!! E lhe deu uso.
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14 por cento do orçamento de Faro vai para a cultura hugo rodrigues
Câmara de Faro apresentou investimentos para 2007 na área da cultura
O Município de Faro vai investir cerca de 3,3 milhões de euros na área da
Cultura, em 2007. Um valor semelhante ao que foi gasto em 2006, anunciou
hoje, segunda-feira, o executivo da Câmara de Faro, em conferência de
imprensa.
Segundo a autarquia, este número representa 14 por cento do Orçamento
Municipal total.
Daí que, acredita o presidente da Câmara de Faro José Apolinário, este seja
um dos municípios do país que, «em termos percentuais, mais investe na
cultura».
O dinheiro será distribuído pelos diversos equipamentos culturais tutelados
pela autarquia e também por diversos eventos culturais que esta irá apoiar.
Um investimento numa área que se pretende que seja «um factor de
desenvolvimento e afirmação do concelho de Faro».
Esta política já conseguiu colocar Faro num roteiro restrito de iniciativas,
a nível nacional. O espectáculo de Novo Circo «Plus ou Moins Infini» e o
concerto «Canções d?A Naifa» são dois exemplos dados, já que estarão em
muito poucas cidades portuguesas.
A ideia deste investimento é tentar afirmar Faro «como espaço
descentralizado de oferta cultural».
Uma oferta cultural que se quer transversal e abrangente. Algo que se
reflecte na programação do Teatro das Figuras, a principal sala de
espectáculos do concelho, nos meses de Dezembro e Janeiro.
O espaço cultural apresentará espectáculos de áreas tão diversas como Ópera,
Novo circo, Fado e até um festival de Charolas.
Quanto ao retorno deste investimento, José Apolinário considerou que não
pode ser avaliado a curto prazo.
«Só no futuro se vai ver o efeito económico deste investimento», sublinhou.
Apesar de não haver ainda forma de contabilizar o efeito do investimento na
cultura a nível local, há já estudos que o fazem ao nível do país.
Um estudo internacional determinou que o retorno do investimento na cultura
a nível nacional tem um peso 1,4 por cento no Produto Interno Bruto (PIB).
Perante a impossibilidade de referenciar o retorno económico da política de
apoio à cultura, o vereador da Câmara de Faro Augusto Miranda optou por
avançar indicadores de natureza «imaterial».
«Em 1999 e 2000, a Biblioteca Municipal tinha cerca de 40 visitantes por
dia. Hoje tem mil visitantes e empresta cerca de 400 documentos
diariamente», revelou.
Augusto Miranda, frisando ainda que, no Museu Municipal, nos últimos anos, o
número de visitas «decuplicou», mostrou-se convicto que estes investimentos
«estão a proporcionar futuros diferentes a pessoas que de outra forma não os
conseguiriam ter».
Já Paulo Neves, presidente da administração da empresa municipal Teatro
Municipal de Faro, não tem dúvidas ao afirmar que «Faro passou a estar no
mapa, em termos culturais».
Para Paulo Neves até já há um retorno económico contabilizável da política
seguida pela autarquia. «Um quinto do orçamento da empresa Teatro Municipal
de Faro é assegurado por agentes económicos da região», revelou.
Algo que acontece porque, acredita, estas empresas se aperceberam das mais
valias em apoiar a cultura e do retorno que teriam ao fazê-lo.
27 de Novembro de 2006 | 14:45
hugo rodrigues
-----Mensagem original-----
De: archport-bounces@lserv.ci.uc.pt [mailto:archport-bounces@lserv.ci.uc.pt]
Em nome de Carlos Jorge Gonçalves Soares Fabiao
Enviada: quinta-feira, 16 de Novembro de 2006 14:35
Para: Archport@lserv.ci.uc.pt
Assunto: [Archport] e mais esta...
Também de "O Público" de hoje:
Cultura é o terceiro contribuinte para o PIB português
Qual é a importância da cultura e criação no produto interno bruto, PIB,
português? 1,4 por cento, diz o relatório da União Europeia A Economia
Cultural na Europa, apresentado ontem em Bruxelas.
Isto significa que a cultura - aqui entendida num sentido lato (ver caixa) -
é o terceiro principal contribuinte para o PIB português (dados de 2003),
logo a seguir aos produtos alimentares e bebidas, e aos têxteis (1,9% cada).
A divisão feita no estudo da União Europeia (UE) inclui oito grandes
sectores económicos e a lista, para o caso português, termina assim: 0,8 %
do PIB vem do sector químico e fibras sintéticas; 0,7% das maquinarias e
equipamentos; 0,6% do imobiliário e 0,5% cada para a informática e o sector
dos plásticos e borracha.
Mas que retrato fica da economia cultural e criativa portuguesa? Em
concreto, os números do volumoso estudo (tem 334 páginas) mostram um
Portugal cultural susceptível de várias interpretações, com alguns dos
piores valores da Europa dos 25, mas, ao mesmo tempo, com crescimentos
destacados pelos próprios autores.
A Economia Cultural na Europa revela que, entre 1999 e 2003, o contributo do
sector cultural para o PIB português cresceu 6,3% (é impressionante ver o
crescimento da contribuição da cultura para as economias do Leste: a
Lituânia cresceu 67,8%, a República Checa 56%, a Letónia 17%, a Eslováquia
15,5%).
Em Portugal, o volume de negócios do sector cultural aumentou a uma taxa
média anual de 10,6% entre 1999 e 2003, o dobro da média global da União
Europeia - 5,4%. De novo, os mais dinâmicos são os países do Leste.
Com 1,4% de PIB, Portugal está num grupo de países que contribuem com 1 a 2%
para as suas economias: Grécia, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia,
Polónia, Bulgária, Roménia e Áustria (que tem a percentagem mais elevada
deste subgrupo: 1,8%). Numa visão global, a França, a Itália, a Holanda,
Noruega e Grã-Bretanha são os países cujos sectores culturais e criativos
têm as contribuições mais altas para os seus PIB. São os cinco maiores
países da União Europeia que contribuem com três quartos da economia do
sector cultural e criativo da Europa.
Poucos universitários
No retrato mais negro, Portugal é, por exemplo, o país com menos
universitários a trabalhar no sector da cultura: 31,9%. Dos 25, só sete
países têm menos de 40% de universitários na cultura e criação (Áustria,
Eslováquia, Itália, Malta, Portugal, República Checa e Suécia). Portugal e
Malta são os países com maior percentagem de trabalhadores que não fizeram,
sequer, o secundário.
A União Europeia não consegue encaixar Portugal em nenhum dos três grandes
modelos da economia cultural que identifica: não está no modelo britânico (o
das indústrias criativas), nem no francês (indústrias culturais), nem no
nórdico (economia da experiência). Não é claro se esta ausência tem a ver
com falta de dados nas mãos da União Europeia, ou com falta de
posicionamento político de Portugal.
Ontem, em Bruxelas, a directora-geral da Cultura da Comissão Europeia, Odile
Quintin, elogiou, segundo a agência Lusa, o Programa Operacional de Cultura
português, o primeiro da UE. Bárbara Reis
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