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[Archport] Temas Arqueológicos

Subject :   [Archport] Temas Arqueológicos
From :   "Manuel Silva" <mefsilva@gmail.com>
Date :   Mon, 29 Jan 2007 17:32:19 +0000

Caros Colegas Arqueológos e demais interessados na arqueologia,
 
Vislumbro este espaço de discussão, não como um ciber-sítio onde se difamam pessoas, mas onde a interajuda de classe deveria ser uma premissa suficientemente forte e concomitantemente cultivada.
 
Não posso ser indiferente às argumentações pobres, e num português deficiente, de determinados elementos do archport. Nestes últimos tempos, este fórum tem sido alvo de várias críticas e comentários depreciativos a pessoas individuais ou colectivas, que figurem nos termos privados ou públicos. Existe pois a liberdade de expressão, a qual foi instituída e a qual devemos saber utilizar, respeitosamente, não como críticas, mas como uma condição que nos ajude a crescer enquanto classe, enquanto profissão.
 
É com desagrado e decepção que vejo a revolta de um amargurado licenciado que ora diz que tem experiência e se voluntaria a co-dirigir umas ditas escavações, auxiliando assim o amigo recém-licenciado, detentor de uma descoberta fascinante, ora diz que é um recém licenciado que não se submete aos velhos arqueólogos, tal como se existissem em personificação de uma seita secreta que dirige os destinos arqueológicos. Não suficiente, critica os arqueológos que utilizam as fotografias aéreas em relatórios e publicações, mas esqueceu-se que estava a atacar o seu grande amigo Luis, pois foi precisamente isso que ele fez na sua publicação norte hispânica. E por falar nesta descoberta inédita sobre um centro de produção de cerâmica, porque se pronuncia o "amigo" Rogério e não o "amigo" Luis? Afinal, ele como detentor desta descoberta é que deve encetar meios para poder estudar o sítio em causa. Mas subsiste-me uma dúvida...este sítio inédito acaso foi alvo de um pedido de prospecção via oficiosa ao Instituto Português de Arqueologia? Se foi, está georreferenciado e bem localizado? Que informações tem o nosso IPA sobre este sítio? Se não há informações sobre este sítio ou sobre este Arqueólogo Luis Cónego na Base de Dados do IPA, o que poderá querer dizer? Que lançou-se, em Espanha e Portugal, uma descoberta que foi efectuado de modo obscuro e ilegal do ponto de vista da regulamentação dos trabalhos arqueológicos?Não quero, pois, acreditar que se não houve um pedido de autorização, tenha sido lançado um artigo numa revista afirmando que naquele sítio de Vila Verde há um centro de produção cerâmica. Pois a ter sido desta forma, o "amigo" Rogério terá de ensinar ao seu "grande amigo" Luis a conduta ética que tanto apregoa. Pois onde estão os dados, as provas que atestam a veracidade de tais afirmações? Como provar que, de facto, aquele sítio é um centro de produção cerâmica? Se o "amigo" Luis é recém-licenciado, quem foi o arqueólogo responsável pelos trabalhos de identificação do sítio? Se houve estes trabalhos e se foram autorizados pelo IPA, onde está o relatório oficial...será que vai demorar mais que aqueles três anos pelos quais o "amigo" Rogério batalha? Por certo, o "amigo" Rogério", como "amigo" do Luis não o deixará tardar na concepção do relatório...se é que existe um pedido oficial ao Instituto da Tutela. Se não houve pedido de autorização e se não há um relatório, não se percebe como se publicam dados que podem ser verdadeiros, mas os quais ainda não foram confirmados. E se não forem verdadeiros? E Se ali não existir um centro de produção cerâmica, mas sim muita cerâmica dispersa, correspondente a um povoado? São questões legitimas, às quais todos deviamos ter resposta, para que não estejamos a ser ludibriados pela crença, ou falsa crença de um recém arqeuólogo com cavalgante sede de protagonismo. E para não alimentarmos os ideias do "amigo" Rogério de ter onde escavar, uma vez que já se percebeu pelo seu discurso, que consegue ser tão conflituoso com instituições públicas e privadas, com arqueólogos experientes e recém-licenciados, que ninguém lhe oferece as condições que ele merece...simplesmente porque de tão conflituoso que é, ninguém lhe oferece trabalho. Se não houve autorização para a execução destes trabalhos e se o IPA conhece a existência deste polémico centro de produção, então creio que os técnicos da extensão responsável (creio que devem ser os de Vila do Conde  - desculpem se estiver enganado) devem averiguar este recém-licenciado e devem investigar o sítio arqueológico. Devem tomar medidas para desmistificar esta questão...ou se salvaguarda o sítio ou se acaba com este engodo.
 
Certos da V/ melhor atenção...e, claro, esperando a resposta do incansável D. Quixote Arqueológico Português, despeço-me com cumprimentos de bem-hajam!
Sempre ao V/ dispor,
 
Manuel Silva
 

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