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[Archport] Mais noticias sobre o Ministério da Cultura

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Mais noticias sobre o Ministério da Cultura
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Tue, 13 Feb 2007 11:51:39 -0000

    Transcreve-se, com a devida vénia, a informação veiculada por Pedro Barros.
 
----- Original Message -----
Sent: Tuesday, February 13, 2007 10:30 AM
Subject: Mais noticias

DN Sábado

 

MC reduz 59 cargos de direcção e tem pronto Estatuto do Artista



Paula Lobo

 

 

"Não hostilizo artistas, não privatizo teatros públicos, não gasto mais dinheiro em arraiais do que no apoio às artes", afirmou ontem a ministra da Cultura na Assembleia da República, defendendo-se das críticas da oposição acerca do "desinvestimento" no sector. O Estatuto do Artista, cuja proposta de lei será em breve enviada ao Parlamento, a redução de 59 cargos de direcção no âmbito do PRACE (e consequente poupança de 2,5 milhões de euros/ano) e a regulamentação da Lei de Bases do Património foram algumas das novidades anunciadas por Isabel Pires de Lima.

Os modelos de contratação ("incidindo na regulação do trabalho intermitente" e novas formas de contratação para trabalho em grupo), a classificação dos artistas, situações de desgaste e admissão de contratos a termo para actuações isoladas ou temporadas são algumas normas do novo Estatuto do Artista, revelou o secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, que acompanhou a ministra nesta sessão regular de perguntas sectoriais.

Sobre a regulamentação do património (pendente desde 2001), Isabel Pires de Lima afirmou que neste trimestre serão publicados três artigos - relativos a zonas de protecção, obras e intervenções e disciplina das actividades arqueológicas -, sendo os restantes artigos (cerca de 15) conhecidos até ao final do ano.

Quanto às leis orgânicas dos organismos do MC (já aprovadas dia 1 em Conselho de Ministros e decorrentes da reestruturação da administração pública), a titular da pasta referiu que haverá menos 24% de lugares de direcção (244 para 185), uma "diminuição do encargo anual de cerca de 2,5 milhões de euros" que será canalizada para projectos.

Fusões, Opart e Igespar

Em duas horas e meia de debate, Pires de Lima e Vieira de Carvalho foram confrontados com as implicações do PRACE, nomeadamente, no que toca à Opart (Teatro Nacional São Carlos e Companhia Nacional de Bailado) e ao Igespar (que juntará os institutos do Património Arquitectónico e de Arqueologia).

Com a deputada Teresa Caeiro (PP) a falar de "ilusionismo" orçamental e a acusar, no caso da Opart, o "dirigismo e laivos marxistas" e a "subalternização do ballet à ópera", a ministra respondeu que esta opção política "não tem nada de experimental". E permitirá "conjugar esforços, quer a nível de recursos humanos quer a nível de equipamentos". Vieira de Carvalho acrescen- taria que "não há fusão nem subalternização": a "administração gere os recursos partilhados e os dois directores-artísticos são soberanos para administrar o orçamento".

Quanto ao Igespar, vai "promover sinergias e optimizar recursos", argumentou Pires de Lima, pois o Ippar "tem mais arqueólogos do que o IPA". Madeira Lopes (PEV), quis saber se haverá "redução forçada de pessoal" com o PRACE. A ministra reconheceu que as contas não estão feitas, mas o MC tem "falta de pessoal técnico" e "excesso de funcionários a nível de funções de suporte" (aqui, "poderá haver mobilidade").

Arqueologia, BN e Berardo

Admitindo que o seu ministério apoia a "reconversão ou a construção de um novo Museu Nacional de Arqueologia", Pires de Lima revelou ainda, entre outras medidas (ver caixa), que já foi aberto o concurso para a construção (em 2008) da nova torre de depósitos da Biblioteca Nacional, uma obra orçada em 13 milhões de euros. E que foi assinada, na quinta-feira, a portaria que regulamenta a gestão do Fundo de Investimento do Cinema - no total de 28 milhões de euros, 16 milhões dos quais comparticipados por parceiros (os protocolos com a SIC e a TVI celebram-se "nos próximos dias").

Pedro Duarte (PSD) criticou ainda o "negócio ruinoso com a Fundação Berardo" e afirmou que Pires de Lima é uma "nulidade política". Teresa Caeiro questionou a falta de estratégia em termos de turismo cultural e o fim da Festa da Música - um "fogacho" caro, que "contribuiu muito pouco para a internacionalização dos artistas portugueses", ripostou Vieira de Carvalho. Isabel Pires de Lima reiterou que, com as verbas disponíveis, a aposta tem recaído nas parcerias ("mais de 70"), com autarquias e vários ministérios.

 


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