Política
Câmara de Silves
esclarece estudo ambiental do traçado da linha de alta tensão
Portimão/Tunes |
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A Câmara Municipal de Silves
anunciou para hoje esclarecimentos públicos sobre o traçado da nova
linha de muito alta tensão entre Portimão e Tunes, contestada por
cerca de 300 proprietários daquele concelho do barrocal
algarvio.
Segundo a autarquia, presidida pela
social-democrata Isabel Soares, a sessão de esclarecimento surge na
sequência da nota técnica ambiental relativa à alternativa do
traçado na zona de Vale Fuzeiros da linha de muito alta tensão
Portimão/Tunes 3/Portimão - Tunes Norte, 150/400 KV, e reforço do
troço final da linha Ourique/Tunes, 150 KV.
A sessão está
agendada para as 18h00, na Escola Básica 1 de Vale
Fuzeiros.
O traçado entre Tunes e Portimão tem uma extensão
de mais de 40 quilómetros e visa reforçar o abastecimento eléctrico
ao barlavento algarvio.
O traçado Sul escolhido pela Rede
Eléctrica Nacional (REN), para a nova linha aérea de muito alta
tensão entre Tunes e Portimão vai afectar um total de 299
proprietários de terrenos daquele concelho algarvio, que se queixam
dos problemas de saúde que poderão advir para as populações e
apontam como alternativa um outro traçado, mais a Norte.
Os
proprietários acusam a Câmara de Silves de não se opor ao traçado
escolhido pela REN e de só ter dado conhecimento do traçado às
juntas de freguesia três meses depois da sua publicação em Diário da
República, no dia 19 de Janeiro de 2007, o que inviabilizou a sua
contestação.
Já depois de o traçado ter sido aprovado e
publicado em Diário da República, a Câmara de Silves fez um estudo
de pormenor, identificando nove locais críticos por onde passava a
linha.
De acordo com as críticas dos moradores, o estudo
carece de pormenor e cinge as críticas ao impacto visual na
paisagem, à desvalorização de percursos turísticos
arqueológicos e à passagem perto de habitações em apenas
duas localidades, Messines e Baralha.
As populações que
residem nas proximidades da linha na freguesia de São Bartolomeu de
Messines, a mais atingida pelo traçado, alegam que a REN tem "uma
alternativa" a Norte das barragens do Arade e do Funcho, onde as
linhas aéreas ficariam afastadas das habitações.
13 de Agosto de 2007 | 07:50 lusa |
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Regional
População de Silves rejeita
traçado da alta tensão proposto pela REN |
Os proprietários de terrenos do concelho de Silves
afectados pela passagem da nova linha de muito alta tensão Tunes/Portimão
recusaram esta segunda-feira a proposta alternativa apresentada pela Rede
Eléctrica Nacional (REN) e exigiram a revisão de todo o
traçado.
Na noite desta segunda-feira, cerca de uma centena
de proprietários reuniu-se na Escola Básica 1 de Vale Fuzeiros, durante
mais de duas horas, numa sessão de esclarecimento promovida pela Câmara de
Silves.
Os lesados pelo traçado acusaram a REN de «ser autista,
ignorando a sugestão apresentada pelos donos dos terrenos de Vale Fuzeiros
e subscrita pela autarquia de colocar o traçado mais a Norte».
A
nova linha aérea de muito alta tensão entre Portimão/Tunes 3/Portimão -
Tunes Norte, 150/400 KV, e reforço do troço final da linha Ourique/Tunes,
150 KV, tem uma extensão de mais de 40 quilómetros e visa reforçar o
abastecimento eléctrico ao Barlavento algarvio.
O traçado Sul,
escolhido inicialmente pela Rede Eléctrica Nacional para a nova linha
aérea de muito alta tensão, afectava um total de 299 proprietários de
terrenos do concelho de Silves, que receiam os problemas de saúde que
poderão advir para as populações e propõem como alternativa um outro
traçado, mais a Norte.
Após várias manifestações das populações que
residem nas proximidades da zona a ser atravessada pela linha, na
freguesia de São Bartolomeu de Messines, a mais atingida pelo traçado, a
Câmara de Silves fez um levantamento pormenorizado das zonas afectadas que
foi enviado à REN, e onde era defendida a proposta dos
proprietários.
Segundo a presidente da Câmara de Silves, a
social-democrata Isabel Soares, «a sugestão da autarquia nem sequer foi
apreciada, tendo a REN abdicado do traçado inicial, mas decidindo-se
agora, por sua autoria, por outro que não interessa à Câmara nem à
população».
Segundo afirmou a autarca na reunião desta
segunda-feira, as propostas da REN, além do património arqueológico, «colocam em
risco futuros investimentos turísticos no concelho, já de si prejudicado
pelo Plano de Ordenamento do Território».
«Vamos bater o pé e lutar
contra o traçado alternativo da linha de alta tensão» garantiu a autarca,
que ameaça levar o caso «até às últimas consequências», tendo apelado aos
proprietários dos terrenos para que impeçam os funcionários da REN de
entrarem nos seus terrenos.
«A Câmara não pode embargar as obras de
colocação das sapatas de sustentação dos postes, mas os trabalhadores da
empresa não podem entrar nos terrenos privados sem negociação e
autorização», argumentou a autarca, instando os proprietários a
protestarem legal e juridicamente.
Isabel Soares disse ainda que
«já que a Câmara, legalmente, não pode fazer nada, os protestos legais e
jurídicos das populações, são uma forma de pressão sobre a empresa para
que altere o traçado e satisfaça as pretensões de todos».
A
presidente da autarquia espera que a Rede Eléctrica Nacional altere a sua
posição «de força», depois da exposição de «descontentamento» que irá
apresentar à empresa até 24 de Agosto e prometeu levar o caso até ao
secretário de Estado do Ordenamento do Território.
13
de Agosto de 2007 | 23:00 lusa |
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