La Cámara Municipal de Braga y la Unidad de Arqueología de la
Universidade
do Minho anunciaron el pasado mes de agosto la existencia de un
teatro
romano de 80 metros de diámetro, anexo a las Termas Romanas de la
Ciudad.
Anexo al edificio de las termas romanas de la ciudad
Manuela
Martins, Profesora Catedrática da Universidad do Minho afirma que
se trata de
un descubrimiento «extraordinária, pois representava o segundo
teatro romano
arqueologicamente identificado em território português,
sendo o primeiro
conhecido em todo o noroeste da Península Ibérica.» Los
muros del Teatro
Romano se encuentran en un área protegida, este hecho va
a facilitar el
estudio y la exposición del mismo, estando la excavación
integral apenas
dependiente del apoyo de las instituciones públicas
Teatro romano será
devolvido ao povo em 2007
A primeira grande descoberta do terceiro milénio
foi revelada, ontem, em
Braga o primeiro e, para já, único teatro romano a
céu aberto de Portugal
e do Noroeste Peninsular. "É uma descoberta
extraordinária", começou por
dizer a responsável pela Unidade de
Arqueologia da Universidade do Minho,
entidade que liderou as escavações,
"que coloca a cidade de Braga ao mais
alto nível europeu em termos de
arquitectura romana".
Manuela Martins salienta que esta descoberta "é ainda
mais extraordinária
por se encontrar dentro de uma área protegida, onde estão
as termas
romanas da Cividade, pertença da autarquia, transformando o
teatro
automaticamente em monumento nacional".
A descoberta acidental, em
1999, quando se procedia às escavações das
termas, de estruturas reveladoras
da existência de um teatro, permitiu
"delinear imediatamente uma estratégica
que culminou agora em 2007 e que
excederam todas as expectativas". A
ampla área que foi possível escavar,
com cerca de 80 metros de diâmetro, e o
considerável número de elementos
arquitectónicos e decorativos identificados,
possibilitaram a
interpretação das diferentes partes orgânicas do teatro e a
elaboração de
uma primeira proposta de reconstituição arquitectónica do
edifício.
"Braga passa, assim, a dispor de dois edifícios públicos, as termas
e o
teatro, que foram construídos simultaneamente, e datados do início
do
século II", e que poderão ser convertidos em parque arqueológico
nacional.
Com metade da estrutura escavada, falta agora a parte mais
difícil
torná-la visitável. "Um programa de escavação integral só se
justifica se
for pensado também o seu restauro e a utilização pública do
mesmo. Mas,
para isso, é preciso financiamento". Manuela Martins adianta
que "esta é
uma decisão política e são os organismos públicos que têm que
decidir o
que querem fazer do teatro, mas eu acho que Braga merece que se
faça a
escavação integral".
A professora universitária vai mais longe "A
conservação e o restauro do
teatro romano colocarão Braga na rota dos
investigadores estrangeiros e
será um chamariz muito importante para trazer
turistas à cidade".
Mesquita Machado mostrou "total abertura" para terminar
as escavações que
permitam abrir o novo achado arqueológico à população
"Vamos estudar a
possibilidade de incluirmos o teatro no próximo Quadro de
Referência
Estratégica Nacional (QREN) cujas candidaturas arrancam já em
Outubro". A
decisão que vier, depois, a ser tomada irá ser crucial para o
futuro: "Ou
ficamos com o que está e pensamos na sua sinalização ou avançamos
para a
segunda parte das escavações e ficamos como uma referência europeia
na
arqueologia", acrescentou, por sua vez, a responsável principal
pelos
trabalhos, Manuela Martins, lembrando que "já há um teatro romano
em
Lisboa, mas que têm problemas que este não tem.
Por sorte ou por
destino, sobreviveu à pressão urbanística da década de
70, voracidade que
chegou a amputá-lo do canto Noroeste, mas deixou ainda
68 metros de diâmetro
e de história para descobrir. O teatro romano de
Braga, o segundo do País,
despediu-se ontem dos voluntários que
participaram nos trabalhos durante o
Verão. Esperam-no outras estações,
trabalhadas pelos seis arqueólogos de todo
o ano até ao culminar de um
desafio recolocar o monumento no circuito
cultural.
Ao sol, os corpos suados, mexem e remexem a terra. É um grande
edifício,
de três partes, estendido por dois mil metros quadrados, ao lado
das
Termas da Cividade. Está a ser, gradualmente, exposto. Durante a
época
estival, chegou a ser trabalhado por um grupo de 30 pessoas, liderado
pela
investigadora da Unidade de Arqueologia (UA) da Universidade do
Minho
(UM), Manuela Martins, e Jorge Ribeiro, o número dois.
Ali, os
voluntários, futuros arqueólogos, aprendem. Os contratados
emprestam
experiências. Os licenciados de reconversão (que frequentaram
dois anos para
mudar de História para Arqueologia) sonham um futuro
melhor, à medida que
rebuscam o passado.
Henriqueta terminou o curso de arqueologia ontem. Passou
de aluna a
arqueóloga. Desde Julho que escava o teatro, complementando a
formação
prática. "Não tive férias mas não me importei", sorri. Findo o curso
na
UM, vai escavar para Mirandela, a sua terra-natal.
"Mas para o ano
volto", refere, sublinhando o desafio de trabalhar num
achado daquela monta.
Como o Pedro Silva, de 20 anos, aluno do segundo ano
da Universidade do
Porto, que troca as horas de lazer pela magia do
passado. "É cansativo, mas
muito aliciante. Aprende-se muito. Aqui,
ensinaram-me desenho de campo e a
mexer com o aparelho topográfico",
exemplifica.
O teatro vai-se mostrando,
as estruturas, outrora saqueadas, ainda estão,
de acordo com Manuela Martins
em muito bom estado. Foi construído no
início do século II, preenchendo as
necessidades culturais de um povo
adepto de espectáculos de teatro e
música.
A partir do século IV, terá começado a ser desmontado e reaproveitado
para
outros fins. Vários séculos depois, a história repete-se. A partir
de
2007, data em que termina um projecto de quatro anos, com fundos
do
Instituto Português de Arqueologia, a responsabilidade passará para
as
mãos do município. "Nessa altura, termina o ciclo da arqueologia.
Os
resultados serão publicados para a comunidade científica. Depois, a
Câmara
deverá financiar o projecto, para que o espaço possa ser musealizado
e
reaproveitado, daqui a alguns anos", explica.
Como único senão, fica a
crítica da responsável relativa aos estágios
profissionais. Três dos
contratados juntaram-se dessa forma à equipa da
UA, através do Centro de
Emprego. Desde que, no ano passado, se agrupou
tudo na categoria "estágios da
Administração Pública", ainda reina muita
confusão e os estágios para este
ano não foram aceites no Centro de
Emprego. Uma mudança que faz com que "os
estagiários passem a ser
orientados, nas autarquias, por pessoas que nada
sabem de arqueologia",
critica.
Más información en:
http://jn.sapo.pt/2006/09/01/minho/teatro_romano_sera_devolvido_povo_20.html