[Archport] Documentário sobre o Vale do Côa
O filme "Côa, la rivière aux mille gravures", é um documentário
científico de Jean-Luc Bouvret, um realizador francês de nomeada
neste tipo de produções e que felizmente se interessou pelo Vale do
Côa, o que todos temos a ganhar. Para quem quiser saber mais sobre
este grande amigo do Côa e das equipas de arqueologia que aqui
trabalham, recomendo a visualização em DVD da sua série "Il était
deux fois...", uma compilação de doze filmes de 13' cada sobre
arqueologia experimental, ou os seus mais elaborados documentários da
"Science en Conscience".
A visualização do seu primeiro documentário sobre o Vale do Côa,
apresentado em ante-estreia nacional (o filme já passou nas
televisões de pelo menos dois países europeus) quer na excelente
Cinemateca lisboeta, quer na sala de cinema do Centro Cultural de
Vila Nova de Foz Côa nos dois últimos dias, foi de facto uma
experiência emocionante, como lembrava a colega Carla Lopes. Desde
logo, porque assinala o término feliz de um projecto que nos absorveu
muitas horas nos últimos 3 anos e porque, posso anunciá-lo, ganha
esta aposta, o realizador se prepara já para a feitura de um outro
documentário ainda e sempre sobre o Vale do Côa.
A quem não viu o filme nestas sessões quase privadas ainda que
bastante concorridas, recomendo vivamente a sua visualização na
próxima semana na RTP 2, uma das co-produtoras do documentário. Que,
serei suspeito ao dizê-lo, é seguramente um dos melhores
documentários jamais feitos sobre um sítio arqueológico português (e
só o Côa conta com uma boa dezena deles!), premiado já
internacionalmente em festivais de cinema documental científico. E
porque hoje se constitui como uma peça chave na divulgação e
afirmação internacionais de um dos lugares de eleição da arqueologia
portuguesa.
Visto o documentário, e lembro que a edição portuguesa em DVD está já
feita e será brevemente comercializada, seria interessante colher as
impressões da comunidade de Archportianos, até para que possamos
fazer ainda melhor em próxima produção.
Saudações cordiais
António Martinho Baptista