A criação do IGESPAR não trouxe nada de novo à
Arqueologia. Pelo contrário, só piorou as coisas. Não trouxe legislação ao
sector privado da arquelogia e se ele precisava dela!
Na altura manifestámos as nossas preocupações com a
falta de orientações claras para uma efectiva política arqueológica que nunca
chegou a acontecer. Com o esvaziamento das funções das extensões territoriais
corria-se o risco de não haver fiscalização das obras que estavam a decorrer,
corria-se o risco de deixar rédea solta a uma cambada de empreiteiros mal
intencionados que querem tudo, menos trabalhos arqueológicos nas suas
obras.
Na altura, a manutenção das extensões, ainda que
com poucos meios, servia como tampão a esse desenfreado desejo de lucro fácil,
passando por cima de tudo e de todos, onde a única lei válida é a lei da selva.
A cedência da direcção do IGESPAR ao economicismo a
todo o preço deste Governo é uma vergonha. Senhor vice-presidente do IGESPAR:
tenha coragem e demita-se. Quem pactua com uma situação destas, esvaziando a
Arqueologia preventiva de conteúdo e de fiscalização deve
demitir-se.
Quem trai a confiança dos arqueólogos deve
demitir-se. E eu sinto-me completamente traído. Como é que vou dizer a esses senhores poderosos, que fazem tudo para
destruir os vestígios arqueológicos, que o IGESPAR é apenas um fantasma e que
não os vai impedir de destruir impunemente.
Certamente que o vice-presidente do IGESPAR deve
ter um coelho para tirar da cartola!
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