Perante a grave situação que a arqueologia se encontra presentemente e alguns dos comentários realizados ao longo destes dias na Archport, sinto que existe uma dissipação das forças e contradição no seio de quem pratica arqueologia. Penso que numa altura como esta se deve tentar unir para se encontrar uma solução, e não insultarem-se uns aos outros que não leva a lado nenhum. Felizmente também tem sido sugerido algumas soluções no Archport, como a criação de uma Ordem, proposto por Telmo Pereira. Penso que os esforços deveriam ser nesse sentido. Mesmo que nem todos concordem com isso, pelo menos devia-se organizar um encontro onde as ideias fossem debatidas e tentar chegar a uma solução que confira mais solidez dentro da arqueologia.> Date: Mon, 7 Jan 2008 17:28:51 +0000 > From: endovelicvs@iol.pt > To: archport@ci.uc.pt > Subject: Re: [Archport] SITUAÇÃO DA ARQUEOLOGIA EM PORTUGAL > > Caríssimos > > Escrevi algumas palavras no seguimento da opinião do rudolfo_dias. Não sei porque não o atacaram também dado que os nossas ideias possuem o mesmo sentido. No entanto admito que foi uma pequena provocação para ver até que ponto havia união e corporativismo. > Dado que nesta casa é tudo gente de bem que quer é salvar o património e desenvolver a arqueologia lusa vou deixar mais uma pequena provocação: Juntem-se os arqueólogos, professores e doutores desta casa e por turnos vão acompanhar as obras do Alqueva de BORLA dado que o avençado que lá estava saiu como era esperado no ínicio do ano. Há muita gente com licenciatura noutras áreas a trabalhar por AMOR à camisola nesta área da arqueologia, coisa que nem todos os arqueólogos se podem gabar. É certo que trabalhar de borla não arranja comida para os filhos, mas para quem só sabe pregar aos peixinhos, não vejo melhor saída. > Compete-me dizer que fiz durante muito tempo trabalhos de computação gráfica na reconstrução de locais históricos inserido numa equipa de engenharia, que em certos casos se revela de extrema importância para a interpretação e contextualização de todo um local arqueológico. Certamente que se fizerem muita força conseguirão ficar sozinhos, com as pedrinhas, cerâmicas e fundações todas só para vocês. Podem concerteza escavar até à China mas sozinhos vão aprender pouco, muito pouco. > Aqui fica um vídeo para os amigos degustarem. > http://www.youtube.com/watch?v=Votmf8TYmx4 > Não sei se isto ainda se passa, mas até há uns tempos o monopólio de artefactos e vestígios levados a cabo pelos senhores arqueólogos levava a que algumas peças aparecessem completamente PODRES dentro das caixas de armazenamento, tenho ainda em minha posse alguma publicações que falam em DESAPARECIMENTO de artefactos em áreas restritas a arqueólogos. Existem equipas que conseguem reconstruir villas e cidades romanas, não vejo qual o problema de se disponibilizar essas peças para estudo, quem sabe por exemplo para a sua reconstrução virtual pelos especialistas, se o património é de todos, certamente que qualquer um o deve poder estudar contribuíndo nos seus tempos livres ou como contratado com o seu conhecimento quer seja em medicina, física, biologia, engenharia, matemática. Continuo com a ideia que dentro do mar sem fim que é a arqueologia o contributo do arqueólogo para compreender certos fenómenos é nulo. > Remato concluíndo que existem centenas ou milhares de pessoas que querem ajudar com o seu conhecimento e experiência mas vocês (arqueólogos portugueses) acham-se donos de parte da memória do nosso povo e simplesmente por má formação ou má fé, teimam em não deixar como se tivessem algum poder neste país, não são advogados, nem médicos, nem engenheiros, nem enfermeiros, o país não para por vossa causa, aliás proliferá a economia e desenvolvimento ligado ao cimento que bem tem feito a alguns dadas as belas luvas que se recebem para deixar construir um centro comercial em cima de uma construção romana. Tenho a certeza que era só pedir e apareceriam inúmeras áreas do conhecimento que poderiam ajudar de BORLA, apenas tendo em vista o amor ao património, isto sim é amor, o que vocês tanto falam não passa de uma questão dinheiro e de pseudo-corporativismo. > Podem reclamar à vontade mas vou esforçar-me para dizer o máximo de verdades que me lembre, afinal o que está em debate é a situação da arqueologia em Portugal, sendo para mim que a culpa desta situação é da falta de verbas disponibilizadas pelo estado para alimentar o tradicional arqueólogo e a arqueologia, a falta de organização das estruturas e ao mesmo tempo o baixo nível das pessoas que se acham donas do nosso património. > > > Com mais esta pequena provocação\contribuição despeço-me de novo com sincera amizade; > Silva > > > > _______________________________________________________________________________________ > CORTE AS PRESTACOES de todos os seus creditos. > Conheca UNICO da Capital Mais ou peca uma simulacao on-line. > http://www.iol.pt/correio/rodape.php?dst=0801022 > > _______________________________________________ > Archport mailing list > Archport@ci.uc.pt > http://ml.ci.uc.pt/mailman/listinfo/archport Segredos sobre as prendas de Natal? 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