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[Archport] Comentário ao livro sobre Arqueogeografia

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Comentário ao livro sobre Arqueogeografia
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Wed, 30 Jan 2008 23:14:52 -0000

Title: Re: Chouquer
    Do Doutor Vítor Oliveira Jorge gentilmente recebemos este comentário, que inserira no seu blogue, que, pelo seu interesse, gostosamente divulgamos, agradecendo. - J. d'E.
                          
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, January 30, 2008 5:54 PM
Subject: Re: Chouquer

"Quels Scénarios Pour l' Histoire du Paysage? Orientations de Recherche Pour l' Archéogéographie"


O Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto (CEAUCP), a que pertenço (sede para aquisição da obra: Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras de Coimbra), acaba de publicar um livro (data: 2007) de Gérard Chouquer (CNRS) que honra o Centro (como acentua o Prof. Jorge de Alarcão na apresentação) e o nosso - tão pobre - panorama editorial neste domínio. É uma obra fundamental sobre a paisagem... o que não podia vir mais a propósito. Ainda por cima prefaciada por... Bruno Latour! A Arqueogeografia, como o autor designa o domínio a que se reporta, passa a estar mais enriquecida, e nós muitíssimo com esta leitura.
Como a obra está ligada a um projecto que julgo liderado pela directora do Centro, a minha colega de Coimbra Profa Maria da Conceição Lopes, dou-lhe os meus parabéns por ter trazido esta mais-valia importante até nós! Num país e numa arqueologia onde há tão poucas razões para nos congratularmos, pois não é alvo de grande consideração pública (público pouco informado, políticos a nunca lhe ligarem grande coisa, empreiteiros a verem-na como um empecilho aos seus desígnios) , esta é uma excepção que nos anima e que parece querer segredar-nos: a esperança é a última coisa a morrer.
É com obras como esta que se ergue a arqueologia ao plano que merece: a de um saber tão legítimo como outro qualquer, tão moderno e fundamental ao nosso pensamento como outro qualquer, e desgraçadamente tão caricaturizado e espezinhado.
As nossas paisagens, em toda a sua complexidade, como o autor mostra, são um património importantíssimo, e não podem ser tratadas sem a perspectiva do arqueólogo. São património público, e não coutada de actividades ou disciplinas, sejam elas quais forem. Moldam o nosso ambiente e a nossa qualidade de vida como cidadãos.

Vítor Oliveira Jorge
Univ. do Porto
http:// trans-ferir.blospot.pt

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