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[Archport] Arqueologia de emergência

Subject :   [Archport] Arqueologia de emergência
From :   rudolfo_dias@iol.pt
Date :   Mon, 03 Mar 2008 21:09:56 +0000 (GMT)

Eis que se juntam a uma mesma esquina os rotos e os nús da arqueologia empresarial...

Realmente estão muito preocupados com aqueles que, por ingenuidade ou - quiçá! (coisa de pobres ou remediados) - por necessidades da vida, aceitam trabalhos mal pagos na arqueologia (os tais "salários indigentes"). Estes senhores, como diria o povo, estão prontos a oferecer um chouriço a quem primeiro lhes der (a ganhar) um porco! Sinceramente, creio que isto seja mais uma que se encaixa no "Olha para o que eu digo..."!

Por outro lado, concordo plenamente com o Sr. Arguello quando diz que «até, em alguns casos, abrem empresas de arqueologia e se dedicam eles próprios também a explorar a outros caloiros»... Mais outro adágio: não peças a quem pediu; não sirvas a quem serviu. E os antigos "pedintes" e "serventes" da arqueologia andam por aí aos magotes!

Um comentário sobre uma certa coisa que se disse anteriormente (responsabilidade dos arqueólogos face aos trabalhos). Diz o Sr. Arguello o seguinte: «E, para alem, de acordo com a legislação em vigor, o pedido de autorização dos trabalhos arqueológicos esta ao seu nome, pelo que é também responsável final dos trabalhos perante o Ministério de Cultura.» Tudo muito correcto! Mas isso pode acarretar alguns dissabores quando se assiste ao não cumprimento de certas premissas "contratuais" que de todo não existem para os arqueólogos a recibo verde. O mesmo será dizer que se tornam reféns das "promessas" das empresas que os "alugam" para um determinado trabalho! E as empresas lavam daí as mãos...

Imaginem uma obra (ex. construção de uma estrada). A obra é adjudicada a uma dada empresa (sublinho a palavra "adjudicada"). Nessa obra trabalha um dado engenheiro responsável pela mesma. Imagine-se que a sua situação laboral começa a deteriorar-se, por não ver os seus esforços e o seu trabalho recompensados naquilo que ele acha que merece, acabando ele por saír do projecto e dessa empresa. Como é? Quem tem as responsabilidades finais da execução da obra? A obra pára? Ele tem de construir a estrada sozinho?

É a mesma coisa que alguém aceitar ter um filho tendo algumas garantias para que este tenha uma criação, formação e educação condignas, mas depois do filho nascido essas promessas não se realizam... Quem se trama é o filho, e o pai (ou mãe) que o têm de sustentar às suas custas!

Senhores "empresários" da arqueologia (ou pelo menos alguns, espero eu...): metam as mãos na vossa consciência, e sejam honestos convosco próprios, nem que seja à noite, quando estiverem a pensar no dia que passou!

Cumprimentos a todos!

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