Parto do princípio que qualquer trabalhador tem direito a uma remuneração justa, que seja suficiente para a sua sobrevivência e da sua familia; que lhe permita: viver desafogadamente, educar-se e educar os seus filhos, ter casa, carro, tempo e dinheiro para os seus tempos livres. Em resumo que cada trabalhador tenha direito a: "casa, pão, saúde, e educação". Nos dias de hoje penso que 1250 euros liquidos mensais, seria um rendimento aceitável para qualquer profissional. Para que este rendimento seja liquido, tenho a referir que, para qualquer profissional sujeito a emprego precário, esta importância deve ser calculada com base em 11 meses de trabalho e 14 meses de rendimento -referentes ao subsídio de férias e de natal - como é de direito de qualquer trabalhador. Assim sendo, este rendimento de 1250 euros mensais tem de ser multiplicado por 14 e dividido por 11, o que dá um rendimento mensal de 1590 euros. A este rendimento ainda devem ser adicionados os valores mensais da segurança social 150 euros, seguro de acidentes de trabalho 22 euros e aptidão médica 2,5 euros (todos pagos pelo trabalhador), o que soma um valor mensal de 1764 euros. É de notar que este valor refere-se a 80% do total ilíquido, porque o trabalhador tem que efectuar a retenção na fonte de 20% para IRS. Assim, sendo 1764 euros o valor liquido a receber (80%), corresponde a 2205 euros iliquidos (100%). Em conclusão, para um trabalhador receber 1250 euros liquidos por mês, teria que receber 2205 euros iliquidos mensais, o que corresponde a um valor diário de cerca de 110 euros (calculados para 20 dias de trabalho). Em resumo, para que um arqueólogo - ou qualquer outro trabalhador a recibos verdes - receba liquidos 62.5 euros diários ( que correspondem aos 1250 euros mensais que referi no inicio), tem que receber da entidade patronal 110 euros diários. Estes cálculos foram efectuados sem tomar em conta a precaridade do trabalho, porque um arqueólogo pode estar muitos dias por ano sem trabalhar, e consequentemente sem receber; e os descontos que efectua não lhe asseguram um subsídio de desemprego. Como tal ao valor calculado ainda haveria a somar uma determinada importância referente ao risco da precaridade do trabalho. Há que reflectir, e calcular realmente quanto ganhamos efectivamente, porque muitas vezes as contas que efectuamos, parecem contas de merceeiro. Miguel Costa Encontre o que você procura com mais eficiência! Instale já a Barra de Ferramentas com Windows Desktop Search! É GRÁTIS! |
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