Lisboa Cidade Mártir.
A capital do país, mais do que qualquer outra, tem sofrido uma destruição implacável, quer do subsolo (Largo Camões, Terreiro do Paço, Praça da Figueira, Martim Moniz, etc…) quer do edificado (Avenida Fontes Pereira de Melo, Cinema Éden, Aqueduto das Águas Livres, etc…). Pelo que tenho lido agora poderá ser a vez do Jardim Botânico, uma jóia do património científico. Em nome de uma suposta modernização esvazia-se Lisboa da sua memória e eliminam-se as suas marcas históricas. Apaga-se a memória e cometem-se graves erros económicos. A autencidade de Lisboa perde-se a cada golpe. Quem, em futuro próximo, na Europa, estará interessado em visitar uma urbe oca, um Kitsch de Las Vegas? Quando terminará este suicídio, o desperdício de recursos únicos, em nome de projectos de ocasião? Os projectos de qualidade, como um novo Museu Nacional de Arqueologia, para apenas citar um exemplo, continuam adiados. Existe, na capital, uma elite cultural, científica e universitária que se oponha, firmemente, a tantas políticas irracionais?
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