Notável o incremento dos estudos sobre a epigrafia romana de Cáceres.
Depois do livro de Ricardo Hurtado de San Antonio, Corpus Provincial de Inscripciones Latinas
(Cáceres), Cáceres, 1977,
naturalmente desactualizado atendendo a que já passaram mais de 30 anos sobre a
investigação realizada, temos, agora, de Julio Esteban Ortega, um projecto que
visa dar a conhecer por completo o que se conhece dos monumentos epigráficos da
província espanhola de Cáceres. Aí está o I volume, dedicado a Norba, intitulado Corpus de
Inscripciones Latinas de Cáceres, numa edição da Universidad de
Extremadura (Cáceres, 2007). Os monumentos são apresentados por
localidades de achamento (referidas por ordem alfabética). Ao todo, 398, sendo
fornecidas de cada um as informações habituais: local e circunstâncias do
achado, dimensões, leitura, comentário e bibliografia, assim como uma pequena
fotografia (porque, no final, se apresenta o álbum fotográfico exaustivo, em
ponto maior). Os índices epigráficos são, como sempre, preciosos, pois, além do
rol dos nomina e dos cognonima registados, se apresenta um
índice analítico e, de seguida, úteis tábuas de correspondência com os demais corpora, bibliografia citada e
abreviaturas utilizadas.
Para além deste volume, refira-se que os responsáveis pelo Museu de
Cáceres, com o incondicional apoio da Junta de Extremadura, decidiram dedicar à
epigrafia duas das suas publicações:
? Na série «documentos», António Rodríguez González acompanha-nos num Paseo Epigráfico por el Casco Antiguo de
Cáceres (é o volume nº 3 da série, datado de 2007), a dar conta das 16
inscrições romanas que, ao longo dos séculos, foram sendo preservadas pelos
habitantes, porque as inseriram nas paredes e nos lugares públicos cacerenhos.
De cada uma há a ficha habitual, uma boa fotografia, o desenho, assim como a
bibliografia respectiva.
? Na série «Memórias», também com o nº 3, Julio Esteban Ortega e José
Salas Martín prepararam Epigrafía Romana
y Cristiana del Museo de Cáceres: 125 epígrafes, acompanhadas dos elementos
essenciais para o seu estudo e contextualização histórica. Índices, tábuas de
correspondência e fotografias completam o volume. Na capa, a belíssima e notável
placa funerária de Q. Pomponius
Potentinus, da tribo Sérgia, mandada lavrar por testamento de G. Pomponius Potentinus, soldado da IV
coorte pretoriana (cf. HEp 13 2003-2004, nº 216), um dos raros pretorianos
documentados na epigrafia peninsular.
José
d'Encarnação |
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