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[Archport] RE: Opinião Expresso Miguel Sousa Tavares

To :   <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] RE: Opinião Expresso Miguel Sousa Tavares
From :   Hélio Reis <helio_ark@hotmail.com>
Date :   Thu, 10 Jul 2008 11:08:59 +0100

Tenho para mim, não desde agora mas desde que dei de caras com as suas doutas opiniões, que Miguel Sousa Tavares é uma das pessoas com maiores problemas de honestidade intelectual no país, causada, sem margem para dúvidas, pela enorme diarreia cerebral da qual padece.

 

Sem grande explicação aparente, tem lugar garantido, pelo menos uma vez por semana, num dos serviços noticiosos (e duvidosos) mais vistos em Portugal e em mais alguns jornais.

 

Em conversas de café conheci dezenas de pessoas com melhor capacidade analítica e intelectual que o Dr., grande parte das quais não ganham a vida dando largas à sua dislexia cerebral, nem muito menos como deputados da nação, mas sim, trabalhando no centro comercial A, B ou C.

 

Garanto que se Pinto da Costa, mestre intelectual de MST, aparecer amanhã no Côa a dar vivas à arte rupestre que por ali abunda, é muito provável que o Miguel seja o primeiro a amarrar-se aos “calhaus” no caso de alguém os querer “serrar” ou destruir!

 

Infelizmente é com grande pena minha que reconheço que a opinião de MST é a mesma que boa parte da população portuguesa tem. Infelizmente, também isso, é culpa essencialmente nossa.

 

Hélio Reis




From: liberdadesempre@gmail.com
To: Archport@ci.uc.pt
Date: Wed, 9 Jul 2008 20:49:23 +0100
Subject: [Archport] Opinião Expresso Miguel Sousa Tavares

Olá a todos.

 

Gostaria de partilhar esta pérola de opinião douta e sustentada por parte de um dos mais reputados opinion makers de Portugal, Miguel Sousa Tavares publicada no Expresso de 5 de Julho de 2008, na sua primeira parte sobre Foz Côa:

 

1 A história das gravuras de Foz Côa e da futura barragem do Sabor é uma lição exemplar dos malefícios da demagogia, servida na política. Guterres tinha acabado de chegar a primeiro-ministro e, dos disponíveis dos Estados Gerais, foi buscar para ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho (que, depois e quando a nave socialista começou a meter água, foi o primeiro a saltar fora e, desmentindo a máxima de Guterres de que 'Roma não paga a traidores', acaba por ser compensado com o melhor tacho de todo o Estado português - o de embaixador na UNESCO). Juntos à época, Guterres e Carrilho resolveram inaugurar o mandato com uma decisão grandiosa: cancelava-se a barragem de Foz Côa, já em construção, e a benefício da preservação de uns tacanhos rabiscos numas pedras, que alguns 'sábios' e alguns oportunistas decretaram ser gravuras paleolíticas. E nem a desfeita causada pela maior autoridade mundial na matéria - que, levado a ver os rabiscos, sentenciou que o suposto Paleolítico teria entre trinta e trezentos anos - abalou o entusiasmo e a determinação dos então governantes em jurar que, a partir daí, o património cultural teria prioridade sobre tudo o resto.
 
A barragem prevista foi, pois, suspensa e, quanto às gravuras, sabe-se o que aconteceu: as prometidas excursões de milhares e milhares de portugueses e europeus previstas jamais aconteceram; o novo modelo de 'turismo cultural', que ali se iniciaria, foi nado-morto; não aconteceram os trabalhos científicos anunciados nem o interesse mundial naquela fantástica descoberta. Em contrapartida, arranjou-se uns lugares vitalícios para funcionários do Paleolítico e, vá lá, vá lá, desistiu-se de lhes fazer a vontade gastando mais uns milhões num museu sem conteúdo e sem qualquer viabilidade económica. Mas a barragem fazia falta à EDP e fazia falta à regularização do curso navegável do Douro. Por isso, não avançando Foz Côa, avança a barragem do Sabor, cuja construção Sócrates acaba de adjudicar.

Acontece que o Sabor, para quem não conhece, é, talvez, o mais bonito rio de Portugal, o mais preservado, o mais selvagem. Se passassem nas televisões um filme sobre os rabiscos de Foz Côa e outro sobre o curso do Sabor, as pessoas ficariam chocadas ao perceber aquilo que se decidiu preservar e aquilo que se decidiu destruir. O suposto Paleolítico derrotou o presente e o futuro. A invocada cultura afogou a beleza - um contra-senso filosófico que nem o dr. Carrilho conseguiria explicar. Nós destruímos os rios (e em nome do 'ambiente', como explicou Sócrates) e depois gastamos dinheiro a construir, e ainda bem, fluviários para explicar às criancinhas o que é um rio. O problema é que, se as "gravuras não sabem nadar", os rios não sabem protestar. E é assim que se governa, quando o mais fácil é ceder à demagogia.”

Saudações a todos,

Tiago Fontes.

 



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