----- Original Message -----
Carissimos Colegas
Esta é a vergonha que relatava aqui recentemente, mas que por uma questão
de conveniência ou de lançar areia para os olhos toda a gente criticou.
Segundo o Público, a Geoarque ao longo de 12 anos teve o monopólio das
estradas, porque os seus donos eram altos quadros do E.P.
e ninguém denunciou, apesar de violar a lei
da concorrência e da própria ética dos funcionários públicos.
Todos sabiam e todos se calaram.
Mas existem outros casos que também são conhecidos por todos, deixo aqui
(se a lei do crivo assim o permitir) outros casos que merecem ser
denunciados.
Concorrência desleal de Associações sem fins lucrativos
Existem algumas associações das quais se destaca a célebre Apia, surge a
concorrer a concursos públicos violando a lei da concorrência uma vez que a
carga fiscal deste tipo de associações é inferior ao de uma empresa. Fico ainda
admirado como é que as empresas públicas que lançam concursos admitem as
propostas destas empresas.
Esta situação levou ainda no tempo do Alqueva a que a que toda a
intervenção arqueológica fosse efectuada com recurso a essas mesmas associações
que depois canalizavam os recursos financeiros para os investigadores, não
permitindo concursos públicos e criando lobbies de interesses e os habituais
feudos.
Concorrência desleal criada pelas tutelas cientificas em determinadas zonas
e cidades
São conhecidos os casos sobretudo numa cidade do norte em que os
departamentos de arqueologia, ou institutos universitários encapotados, abarcam
toda a actividade não permitindo sequer que outras empresas acabem por entrar no
seu território. São também conhecidos os casos em que os promotores são
contactados pelos Arqueólogos Universitários propondo preços muito
mais baixos do que os de mercado. Para eles é muitíssimo mais fácil
efectuarem este dumping comercial uma vez que a mão de obra escrava são os
alunos, os equipamentos são das Universidades, não pagam alojamentos, refeições,
nem seguros... e os relatórios são entregues "à lá longue..."
Concorrência desleal de Empresas fantasmas
São várias as empresas fantasmas em Portugal, que funcionam com base
num telemóvel.Sem sede social, sem local para acondicionamento e
armazenamento do espólio, estas firmas acabam por ter custos menores no
desenvolvimento dos seus trabalhos, uma vez que não existe elementos reguladores
desta situação. Não possuem despesas com assalariados, pois recorrem à praga dos
recibos verdes, sem seguros, deslocações e alojamento, estas pseudo-empresas não
passam de um bando de especuladores.
Mas se querem que vos diga isto só se resolve com uma regulamentação
empresarial para os serviços arqueológicos e com a respectiva
fiscalização das práticas concorrenciais. Não estou a falar de tecnicidades
arqueológicas mas empresariais, porque de cacos todos nós somos uns
"experts"..
Por tudo isto que se passa e muito mais que aqui não foi dito, este é o
actual cenário
Por isso compreendo que muitos jovens abandonem a arqueologia.. eu próprio
o fiz. e foi no momento certo!!
É preciso arrumar a casa e denunciar estas situações, não pactuando com
elas através do silêncio ou da auto censura.
Cumprimentos da sanja.
Gonçalo M. Bettencourt
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