Estradas Portugal: Inquérito interno já
resultou em dois processos disciplinares
Lisboa, 07 Out (Lusa) - A Estradas de Portugal (EP) já instaurou dois processos disciplinares no âmbito do inquérito interno sobre alegadas ligações de responsáveis da empresa a firmas que fazem estudos na área do ambiente e arqueologia. Em declarações à agência Lusa, o presidente da EP, Almerindo Marques, disse que a primeira fase do inquérito interno que está a decorrer já tinha sido concluída, tendo resultado em dois processos disciplinares. "A primeira fase ficou concluída e foram instaurados dois processos disciplinares", afirmou o responsável, escusando-se a adiantar mais pormenores. Questionado sobre quando estará concluído o inquérito interno, Almerindo Marques disse não poder fazer tal estimativa. "O processo decorre normalmente e os responsáveis pelo inquérito é que saberão o tempo que é preciso para que fique concluído", afirmou. Almerindo Marques divulgou no início deste mês que a empresa tinha decidido abrir um inquérito interno para clarificar as regras de `acumulação` e a `incompatibilidade de prestação de serviços ou de qualquer outra colaboração a clientes e fornecedores da Estradas de Portugal. As `alegadas incompatibilidades` levaram os moradores do Bairro de Santa Cruz a pedir em Setembro à Procuradoria-geral da República que mandasse investigar o caso. Citando notícias divulgadas no início de Setembro que apontam ligações de altos funcionários da Estradas de Portugal à empresa Geoarque, que faz estudos de arqueologia para a EP, os moradores do Bairro Santa Cruz, afectado pela construção do último troço da CRIL, recordaram que já tinham denunciado a intenção de "ocultar património arqueológico" descoberto na zona da Buraca. "A serem verdade estas ligações de altos funcionários da EP às firmas a quem são entregues os estudos ambientais e arqueológicos necessários para as obras da responsabilidade daquela empresa estes trabalhos não nos merecem credibilidade alguma", disse na ocasião Jorge Alves, da comissão de moradores. Também o Bloco de Esquerda pediu esclarecimentos ao Governo sobre o assunto, perguntando inclusive ao ministro das Obras públicas, num requerimento, qual o prazo definido para o final do inquérito interno da EP. Na pergunta escrita dirigida ao ministro Mário Lino, o BE lembra as notícias que apontam para ligações de responsáveis da EP com empresas que fazem estudos de arqueologia "revelam que podem estar a acontecer situações em clara violação da lei, o que pode inclusive vir a colocar muitas dúvidas em relação a adjudicações para obras já realizadas ou a realizar" pela empresa. Segundo disse à Lusa a deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto, que assinou o requerimento ao Governo, até hoje o BE não obteve qualquer resposta às questões levantadas. SO. Lusa/Fim |
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