Pergunto eu: se "o sítio do Telhal foi identificado no processo de avaliação ambiental"o que é que se passou de errado aqui? Foi incompetência? Foi uma decisão técnica mal tomada? Foi corrupção? Foi negligência? Foi facilitismo?
Grupos parlamentares questionam Cultura e Obras Públicas sobre arqueologia na A16
Público, 11.10.2008, Luís Filipe Sebastião
Arqueólogos recomendam à câmara e Igespar mais escavações no traçado da auto-estrada, que não terá "custos excepcionais" económicos e de prazos
O Bloco de Esquerda e o PCP questionaram os ministérios da Cultura
e das Obras Públicas sobre as medidas para salvaguardar os vestígios
arqueológicos detectados no Telhal, no traçado da A16/IC16, em construção no
concelho de Sintra.
A deputada Helena Pinto, com base nas posições públicas de reputados
arqueólogos na defesa de escavações exaustivas de vestígios tardo-romanos e
islâmicos encontrados no Telhal, apresentou no Parlamento um pedido de
informações ao ministro das Obras Públicas. O BE considera que, apesar da
importância da conclusão da A16/IC16, para Sintra e área metropolitana de Lisboa,
"esta não poderá ser feita ignorando um conjunto de vestígios, cujo estudo
mais apurado se revela vital para o conhecimento da história da região". O
requerimento "bloquista", numa altura em que "o acompanhamento
arqueológico na construção de estradas tem sido questionado", quer saber
se o Governo garante "condições para um estudo mais demorado e apurado dos
vestígios", isto "mesmo pondo em causa o fim da empreitada em
Setembro de 2009?"
O PCP, também na quinta-feira, questionou os ministérios da Cultura e das Obras
Públicas. Os deputados Bruno Dias e João Oliveira notam que o sítio do Telhal
foi identificado no processo de avaliação ambiental e perguntam: "Dado que
se trata de um importante achado arqueológico, o Governo equaciona avançar com
a realização de mais estudos nas zonas ainda não intervencionadas"? E
equaciona "o reforço de meios humanos e materiais disponíveis ao nível da
equipa de arqueologia"?
Isso mesmo é recomendado à Câmara de Sintra e ao Instituto de Gestão do
Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), por um grupo de
arqueólogos, entre os quais Luís Raposo, director do Museu Nacional de
Arqueologia, e José Morais Arnaud, presidente da Associação dos Arqueólogos
Portugueses, que afastam a necessidade de desviar a estrada, mas defendem
"uma intervenção prévia e sistemática de toda a área da estação"
afectada pela A16.
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