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[Archport] Segredos da nau quinhentista da Namíbia divulgados hoje

Subject :   [Archport] Segredos da nau quinhentista da Namíbia divulgados hoje
From :   "Alexandre Monteiro" <no.arame@gmail.com>
Date :   Fri, 17 Oct 2008 13:24:22 +0100

A sessão é pública: Biblioteca da Ajuda, às 15:00 horas.

"Arqueólogos portugueses apresentam fotos e falam do espólio da
embarcação naufragada há 500 anos

Segredos da nau quinhentista da Namíbia divulgados hoje

Público, 17.10.2008, por José Bento Amaro

Um conjunto de mais de 4000 fotografias será apresentado hoje, na
biblioteca do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e
Arqueológico (Igespar), em Lisboa, para comprovar o valor do espólio
descoberto no interior de uma nau quinhentista portuguesa afundada na
costa da Namíbia.

O arqueólogo português Francisco Alves, que participou nos trabalhos,
não quis ontem quantificar o valor patrimonial do achado, referindo
apenas que, "em 32 anos de arqueologia, foi a primeira vez que andei
de joelhos no chão a encontrar moedas de ouro".

Estas moedas do século XVI são apenas uma parte do espólio da nau. As
equipas que procederam à escavação (num fosso a seis metros abaixo do
nível do mar) encontraram dezenas de presas de marfim, 13 toneladas de
lingotes de cobre, os restos de, pelo menos, seis canhões e centenas
de quilos de utensílios de navegação e armamento, nomeadamente
espadas, mas também pistolas.

Embora ainda sem confirmação oficial (os resultados dos trabalhos só
hoje serão divulgados), estima-se que tenham sido retirados do local
cerca de 20 quilos de moedas de ouro, bem como inúmeras moedas de
prata e diversos lingotes do mesmo metal. Ontem, em declarações ao
PÚBLICO, Francisco Alves - que esteve na Namíbia acompanhado do
arqueólogo Miguel Aleluia - disse que "mais importante do que o valor
patrimonial [falou-se que o espólio poderá valer 70 milhões de euros]
é a escavação em geral".

A descoberta do navio foi anunciada em Abril, quando os funcionários
da empresa diamantífera sul-africana De Beers encontraram uma
estrutura de madeira de grandes proporções, assim como diversas
grandes pedras redondas que, posteriormente, se concluiu serem
canhões. No final de Setembro, também em declarações ao PÚBLICO,
Francisco Alves alvitrou que a descoberta poderia ser a mais
importante de África, logo a seguir aos achados arqueológicos do
Egipto.

Descartada parece, para já, a hipótese de a nau ser a de Bartolomeu
Dias, o primeiro navegador a dobrar o Cabo da Boa Esperança e que em
1500 naufragou na zona.


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