[Archport] Congresso Português de Arqueologia Empresarial
Boa tarde, depois de um momento como foi o Congresso de Arqueologia
Empresarial, admira-me a falta de comentários a este evento; sendo
assim lançarei alguns pontos de reflexão que me parecem pertinentes:
-as empresas, salvo raras excepções, não fazem investigação apenas
desbloqueiam obras e nada mais. Basta ver o tipo de ralatórios que se
fazem, muitas vezes nem se estuda o material nem se quer de forma
sumária. Como é que é possível fazer um relatório técnico com algum
rigor científico sem ver o material pelo menos de forma sumária.
-com os prazos que as empresas dão como é possível fazer um bom trabalho?
-este congresso é um congresso das empresas de arqueologia?quantas
fora convidadas e é se foram.O universo empresarial da arqueologia em
Portugal é muito mais vasto do que as seis empresas que fizeram este
congresso.
-destas empresas quantas é que pagam a tempo e horas? e quantas é que
pagam bem, mesmo para o panorama português?
-quando o fim dos recibos verdes? até as empresas de trabalhp
temporário tem contratos. a maioria dos recibos verdes em Arqueologia
cumprem horários, ordens e a ferramenta que utilizam não é deles,
portanto são falsos recibos verdes.
-porque não alvarás para as empresas de arqueologia tal como as
empresas de construção civil?
-qual os limites de responsabilidade numa escavação ou num trabalho
arqueológico? será do arqueólogo; o pedido de trabalho vai em nome
individual de um arqueólogo, ou do direito comercial;o contrato de
prestação de serviços é uma empresa que o faz.O que prevalece o
direito científico ou o direito comercial? Em caso de acidente de
trabalho grave quem assume as resposabilidades? o arqueólogo ou a
empresa?
-preço do congresso, 35 euros mais alojamento, comida, faltas ao
tabalho e mais viagens realmente este congresso não é acessível à
maioria dos profissionais de arqueologia em Portugal.
Este congresso realmente era um excelente oportunidade de mudar alguma
coisa, mas na minha opinião não passou mais de uma feira de vaidades
tal como é costume em Portugal.
SEm amis nenhum assunto para tratar despeço-me com os amis cordiais
cumprimentos.
Rui Pinheiro