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Re: [Archport] Curso SIG 2009

Subject :   Re: [Archport] Curso SIG 2009
From :   "Gonçalo Leite Velho" <gonvelho@ipt.pt>
Date :   Fri, 28 Nov 2008 13:06:57 +0000

Caros archportianos

No seguimento do email do Luiz Oosterbeek aproveito para indicar que no IPT temos vindo nos últimos anos a desenvolver a aplicação de software SIG de código aberto (OpenSource). Existe a possibilidade de em breve (próximo semestre) surgir um curso livre sobre esta matéria.
É certo e conhecido que no IPT há muito que se utilizam os SIG, fazendo parte dos seus programas de formação quer ao nível de Licenciatura, quer ao nível do Mestrado e Doutoramento (estes últimos em parceria com a UTAD e num quadro de parcerias a nível europeu). Existiu também um CET específico sobre esta matéria da responsabilidade do Departamento de Território Arqueologia e Património (a indicação da designação do departamento ajuda também a compreender que a lógica de trabalho assenta na inter-disciplinariedade).  Na pós-graduação em Arqueologia subaquática (em parceira com a UAL) encontra-se também contemplada a vertente de aplicações informáticas à arqueologia, quer em termos de SIG, quer em termos de 3D.
O IPT albergou em 2003 o I Congresso CAAPortugal e em 2005 o XXXIII CAA International (http://www.caa2005.ipt.pt/) tendo as actas já sido publicadas em livro. Em ambas as ocasiões houve comunicações relativas a SIG apresentadas por equipas portuguesas. Já aqui se referiu também o CAAPortugal de 2007 de Leiria (em 2004 a edição foi em Freixo de Espada-a-Cinta). Em 2006 por ocasião do XV Congresso da UISPP houve também lugar para a discussão relativa a estes temas no âmbito da comissão 4.
A experiência do CAA e outras ajuda a perceber que em Portugal existem outras equipas que têm também vindo a desenvolver trabalhos em SIG. A história deste tipo de aplicação está ainda por fazer, mas existem várias instituições públicas que procuraram (com maior ou menor sucesso) desenvolver este tipo de aplicação há mais de 15 anos. Basta referir que nas actas do III Congresso Peninsular de Arqueologia (2000) existe um dos volume das actas dedicado em exclusivo a esta matéria.
Espero que estas notas ajudem e posso-vos garantir que o IPT tem uma equipa aberta que gosta de dialogar e que como tal está  disponível para colaborar com todos.

Cumprimentos,
Gonçalo Leite velho



2008/11/28 Mario Monteiro <mjmm@sapo.pt>
Estimados colegas
Mais uma vez agradeço àqueles que responderam à minha questão, ou seja, cursos de formação sobre o "ABC" do SIG.
 
Gostaria também de esclarecer que me referia a um curso de formação que introduzisse o individuo no ambiente de trabalho, permitindo-lhe desenvolver a aprendizagem em trabalhos práticos. Porque, de facto, somos aprendizes que diariamente absorvem algo de novo, desenvolvendo e aplicando os conhecimentos adquiridos às suas necessidades, sem que por isso se especializem em tudo.
 
No meu caso, já fiz alguns cursos de formação que me permitiram manejar ferramentas fundamentais para o meu trabalho e dia-a-dia.
Por exemplo, um curso de fotografia e não sou fotógrafo profissional; a carta de condução e não sou motorista (e não contrato um motorista cada vez que preciso de sair ou um fotografo para cada trabalho que faço). Considero-os apenas ferramentas ou utilitários que me permitem trabalhar e melhorar a qualidade do resultado final.
 
Hoje em dia todos nós trabalhamos com programas informáticos (cada vez em maior número e melhor qualidade) e reconhecemos as suas vantagens. Sabemos também que temos de nos actualizar e adaptar aos tempos que correm. Não me refiro a "modas" passageiras mas a situações (entenda-se neste caso os SIG) que em termos práticos apresentam resultados de inquestionável melhoria no desenvolvimento da Arqueologia e, a não ser que venha algo melhor, vêm para ficar (tal como os programas que nos permitem fazer tintagens de desenhos sem manchas de sujidade).
 
Reconheço que o ideal seria ter uma equipa constituída por diversos especialistas (geólogo, informático, ...), mas como todos sabemos isso iria inflacionar, e muito, os orçamentos e correriamos o risco de apenas fazer orçamentos e não trabalho. Felicito os colegas que conseguem ter fundos, ou a colaboração gratuita de especialistas, para realizar trabalhos Arqueológicos (quer a nível impresarial como em investigação) com  toda a equipa que seria desejável. Mas na realidade a grande maioria de nós trabalha com fundos reduzidos, a recibos verdes e por conta própria, sentindo por isso necessidade de se auto-valorizar absorvendo e aplicando novas tecnologias, novos conhecimentos, sem que sejam obrigatoriamente especialistas ou se dispersem nos seus objectivos.
 
Falando por mim, a minha preocupação e objectivo é obter cada vez mais e melhores resultados. Não me considero pressionado por trabalhar para uma empresa (que até já me pagou cursos de formação) e tenho a mesma exigência de qualidade, nos trabalhos que me dá, que teria num projecto meu.
 
Apenas fiz uma simples pergunta e pretendia obter respostas simples, porque ainda acredito que não é necessário dificultar o que não o é.
 
Cumprimentos
 
Mário Monteiro
 

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