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Re: [Archport] SIGs

Subject :   Re: [Archport] SIGs
From :   "Gonçalo Leite Velho" <gonvelho@ipt.pt>
Date :   Fri, 28 Nov 2008 20:40:21 +0000

Caros archportianos

Desculpem, mas parece-me ser uma informação útil  e que complementa emails anteriores: a formação no IPT utiliza o e-learning nos seus vários graus, nomeadamente no que concerne às disciplinas de SIG. Nalguns casos temos vindo a testar a transmissão de aulas em directo pela internet (acesso limitado por palavra-passe) com interacção via chat. Essas mesmas aulas ficam depois gravadas e acessíveis para serem visualizadas em qualquer outra altura. As questões de distância e horário perdem argumentos, ganhando a possibilidade de formação e de aquisiçáo de competências.

Cumprimentos archportianos,
Gonçalo Leite Velho


2008/11/28 Alexandra Figueiredo <alexfiga@ipt.pt>

Caros Colegas

Tentarei com o meu email retirar algumas dúvidas a todos os que se têm questionado sobre SIGs nesta lista.

 

Esta questão dos SIGs ou das aplicações informáticas à arqueologia no seu geral (pois não podemos esquecer da importância de todas as outras ferramentas) é realmente uma matéria de debate e alegra-me que esteja a ser agora discutida no archport.

Realmente e em continuação do email do meu colega Gonçalo Velho e Luíz Oosterbeek, os diferentes CAAPortugal e internacional (computers aplications in archaeology) demonstram talvez os melhores casos de estudo do que se faz lá fora e cá dentro. Aconselho como ponto de partida a qualquer um a consultar as diferentes actas.

Este congresso decorre anualmente e em todos eles, desde 2003, no caso português, foi desenvolvido vários workshops, incluindo de SIGs (o tal ABC de que já referiram num email e das suas potencialidades aplicadas à arqueologia). O CAAPortugal e o próprio Instituto Politécnico de Tomar têm desenvolvido cursos breves de SIGs aplicados à arqueologia, só que há aqui um senão, o número de inscritos tem sido sempre diminuto. Por exemplo o número de pessoas que assistiram ao workshop livre oferecido no CAA2007, realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, não ultrapassou as 20 pessoas e era gratuito;  incluindo o CET dado pelo IPT este ano acabou por não abrir, por este mesmo factor. Por isso é com grande animo que vejo agora que os arqueólogos e os que estão ligados ao património começam a ter a percepção da sua importância.

Não consigo ver por isso com bons olhos os ataques que fazem de que Portugal está na cauda da evolução e como é tão interessante o que os outros fazem lá fora. Não me posso esquecer de que, já em 1999, um dos trabalhos portugueses apresentados no CAAinternacional, ter sido nomeado para um dos melhores trabalhos apresentados naquele ano no ambito das aplicações informáticas à arqueologia.

O problema é que os arqueólogos ainda estão muito agarrados às técnicas antigas e possuem um pouco de alergia a tudo o que é informático.

 

Observo nos email que li que o grande problema é o ensino, faltam cursos, dizem! Mais uma vez tenho de vir em defesa do ensino e da Instituição para que trabalho - O Instituto Politécnico de Tomar que há anos se esforça e tem dado provas nesta área.

Quando vejo num email do archport alguém perguntar se SIGs como disciplina obrigatória existe mesmo? A minha resposta é sim!!! há muito tempo que o IPT lecciona como disciplina obrigatória SIGs e não é a única instituição a faze-la (basta procurar nos programas curriculares de outras instituições), não só na licenciatura, mas também em todos os graus posteriores que lecciona.

Se alguém estiver interessado em aprender SIGs à arqueologia, basta dirigir-se a Tomar. Quer num curso breve, quer dentro da licenciatura de arqueologia asseguro que aprenderá o essencial para trabalhar em SIGs. Mais uma dica às empresas quando pensarem em contratar técnicos para os trabalhos de arqueologia, pensem nos alunos de Tomar!

Mais ainda, como o meu colega referiu, para o próximo semestre está a ser pensado num curso greve de SIG (opensource). Por isso, creio que o primeiro problema está resolvido.

 

Uma segunda questão que colocam refere-se à bibliografia, artigos, trabalhos efectuados, etc.

Mencionar um ou outro caso de uso de SIGs aplicados à arqueologia começa a ser irrelevante, pois são muitos já a faze-lo.  Eu uso-os há 11 anos e todas as estações que escavo são tratadas dessa forma.

No entanto deixo aqui 3 citações:

 

  • Figueiredo, A. e Velho, G. (coord.) 2007 - The world is in your eyes. Proceedings of the XXXIII Computer Applications and Quantitative Methods in Archaeology Conference (March 2005 - Tomar, Portugal) CAAPortugal. Para quem quiser adquirir o volume do CAA2005 (realizado em Portugal) com uma maior participação dos nossos investigadores pode enviar um email para o caaportugal@ipt.pt
  • Gonçalves, A. e Figueiredo, A. (coord.) 2007 - A Arqueologia e o Património, Algoritmos com História, V Congresso de Aplicações Informáticas à Arqueologia, CAAPortugal
  • Lemos, F.S.; Baena, J.; Giestal, C.D.; Rocha, G. (coord.) 2000 - Sistemas de Informação Arqueológica - Sigs aplicados à arqueologia da Península Ibérica, vol. X,  Porto,  ADECAP

 

Está no prelo o volume da Comissão IV, do UISPP, também nele poderão encontrar vários exemplos de relevante interesse.

Creio que estes poderão ser as melhores compilações de casos de estudo com referência a estações portuguesas.

 

Ainda sobre este assunto deixo aqui uma proposta, quem possuir artigos sobre esta temática, novos ou antigos, o CAAPortugal está a desenvolver uma página on-line que pretende compilar vários dados sobre a arqueologia portuguesa e as aplicações informáticas.

A ideia é estruturar uma linha de força e congregar esforços nesta área e porque não, partir por um compêndio digital de artigos do que tem vindo a fazer em Portugal. Estamos ao vosso dispor é só enviar para o email caaportugal@ipt.pt.

 

Uma questão pertinente colocada refere-se ao acesso destes dados, uma base de dados onde ficheiros de sig produzidos possam ser guardados e acedidos por outros investigadores. Aqui cabe ao IGESPAR começar a solicitar aos arqueólogos um tratamento informático dos dados ou pelo menos solicitar a quem os desenvolve que os mesmos sejam enviados para arquivo. Ainda que para já seja complicado aceder pela internet a estes ficheiros, que eles pelo menos sejam guardados e possam ser acedidos na biblioteca do IGESPAR.

 

Cumprimentos a todos

Alexandra Figueiredo


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