A convite do governo francês,
Luiz Oosterbeek, professor do Instituto Politécnico de Tomar, participa
hoje e amanhã (26 e 27 de Fevereiro) no Colóquio sobre “Lascaux e a
Conservação em meio subterrâneo”, em Paris, coordenado pelo especialista
francês Jean Clottes.
A gruta de
Lascaux é um dos símbolos mundiais da arte rupestre dos caçadores do
Paleolítico na Europa e encontra-se ameaçada de destruição devido à acção
de micro-organismos e outros processos naturais que têm afectado as
pinturas que a recobrem. Encerrada ao público há vários anos, Lascaux pode
hoje ser visitada em réplicas de grande rigor que foram construídas na
região, mas que obviamente não substituem a experiência de imersão na
gruta original.
Luiz Oosterbeek,
também director do Museu de Arte Pré-Histórica de Mação e coordenador do
projecto de investigação sobre a Arte Rupestre do Vale do Tejo (aprovado
pelo IGESPAR) foi convidado para debater a importância da geologia e do
micro-clima na conservação da arte parietal.
Os problemas de
conservação da arte rupestre foram tema de intervenção do Museu de Arte
Pré-Histórica de Mação em 2003, na sequência dos incêndios que afectaram
amplos conjuntos de gravuras e pinturas da região, sem que o Ministério da
Cultura conseguisse assumir o seu resgate.
Actualmente, o
município de Mação ocupa a Vice-Presidência da Rede de Itinerários de Arte
Rupestre da Europa, cuja presidência cabe a Santander (onde se situa a
famosa gruta de Altamira). |