Especialistas
em comunicação debateram em Mação formas de comunicar o Património
Diversos especialistas de
comunicação convergiram ontem, dia 31 de Março, para Mação, onde se discutiu
como comunicar sobre Património Cultural,
no âmbito do Programa Intensivo de Qualidade Global na do Património Cultural.
Hália Santos (Professora do
Instituto Politécnico de Tomar) falou sobre a estrutura e estratégias de
comunicação, sublinhando a necessidade de compreender os mecanismos de
concorrência no plano da informação (designadamente com os sectores do
entretenimento). Foi especialmente discutida a temática da formação, seja de
públicos seja de comunicadores (investigadores e jornalistas).
Lorena Valderrama, jornalista da Universidade
do Chile, apresentou a estratégia de comunicação daquela instituição,
sublinhando a importância de compreender as preocupações e responsabilidades
dos jornalistas, que não são totalmente coincidentes com as dos
investigadores e gestores de património. O tema suscitou um debate
aprofundado sobre esta diversidade de perspectivas que muitas vezes não é
compreendida pelos agentes culturais.
Margarida
Lopes, do Gabinete de Comunicação da
Câmara Municipal de Mação, apresentou os objectivos e modelos de comunicação
a partir de um município que elegeu o património cultural como um eixo
nuclear de desenvolvimento. Destacou a importância de se saber como comunicar
para os diferentes públicos, dando prioridade à comunicação local, como base
para ter verdadeiro impacto nacional (dando o exemplo da relação com os
órgãos de informação).
João Ricardo Vasconcelos,
coordenador da RTP de Castelo Branco, discutiu os critérios de transformação
da informação cultural em comunicação, percorrendo diversos exemplos, de
Mação a Foz Côa. Sublinhou a importância, na comunicação de massas, em
destacar em que medida o que é noticiado modifica a vida das pessoas. Referiu
que um dos problemas na comunicação de património é o facto de este se
referir a realidades antigas, enquanto a comunicação se centra nas novidades.
Por outro lado, referiu que o discurso cultural é muitas vezes
incompreensível para o grande público.
Já Maria de Lurdes Lopes, da
Agência Lusa, sublinhou ser preciso desenvolver estratégias para atrair o
público. Neste campo, considerou que o papel dos investigadores e gestores de
património é produzir a comunicação e que os jornalistas devem ser capazes de
a difundir de forma adequada aos diferentes públicos.
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