OSCILAÇÕES CLIMÁTICAS NO PERÍODO ATLÂNTICO PODEM TER
DESENCADEADO O AGRO-PASTORALISMO NA PENÍNSULA IBÉRICA
As oscilações quentes e
secas que, durante o período Atlântico, marcaram episódios em torno a 7.600
BP e 6.600 BP, são correlacionáveis com modificações fundamentais nas
estratégias de subsistência das primeiras comunidades agro-pastoris. As
oscilações terão gerado uma quebra de recursos disponíveis para as últimas
comunidades de caçadores do mesolítico, suscitando a generalização de
práticas de domesticação, que nas latitudes meridionais se terão concentrado
na pastorícia também em função das referidas oscilações.
Esta hipótese, baseada
na revisão de dados ambientais de diferentes contextos peninsulares , e em
especial do Levante Peninsular, da Andaluzia e de Portugal, foi defendida na
tese de Mestrado apresentada por Luana Campos, intitulada Dinâmicas Climáticas e Comportamento Humano na
Península Ibérica: De 14 a 4 mil cal. BP.
A tese, apresentada no
quadro do Mestrado em Arqueologia Pré-Histórica e Arte Rupestre IPT/UTAD
(Master Erasmus Mundus em Quaternário e Pré-História), foi orientada por Luiz
Oosterbeek e Pierluigi Rosina e foi aprovada com 16 valores por um júri
constituído por professores de Portugal, Espanha, França e Itália, estando
disponível para consulta na Biblioteca do Museu de Arte Pré-Histórica, em
Mação.
Foi igualmente
apresentada perante o mesmo júri, e aprovada com 14 valores, a tese Cronologias absolutas para a Península Ibérica:
sítios Pré-Históricos do Alto Ribatejo, Portugal, de Guilherme de Jesus
de Oliveira Cardoso, que estruturou uma base de dados integrada, com todas as
datações absolutas obtidas para o intervalo entre 14 ka e 4Ka.
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