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[Archport] Gamos terão sido trazidos para território português no tempo dos romanos

Subject :   [Archport] Gamos terão sido trazidos para território português no tempo dos romanos
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Mon, 3 Aug 2009 13:53:33 +0100

Acho deselegante, no mínimo, tornar públicas conversas privadas.
Podemos agora voltar à temática do fórum agora?




Gamos terão sido trazidos para território português no tempo dos romanos

Público, 2 de Agosto de 2009, por Teresa Firmino

O primeiro osso foi descoberto em 2004, a que se seguiu um punhado de
outros que tornaram mais claro como este cervídeo foi difundido pela
Europa

a Na caixa de plástico que recebeu cheia de ossos e dentes de vaca,
cabra, ovelha ou porco, o investigador Simon Davis encontrou um
fragmento que acrescentaria um ponto à história de Portugal. Era um
osso de gamo, do tempo dos romanos.

No ano seguinte, o investigador estudava outros ossos de animais do
Período Romano em Portugal (entre o século II a.C. até ao século V
d.C.), quando voltou a deparar-se com restos da presença do gamo. Ao
todo, tinha nas mãos seis fragmentos, encontrados em dois sítios
romanos no concelho de Fronteira, distrito de Portalegre.

O primeiro osso, um pedaço da tíbia, fora descoberto em São Pedro de
Fronteira, um sítio datado entre os século III e V d.C. Num dia de
2004, o arqueólogo da Câmara de Fronteira, André Carneiro, apareceu no
gabinete de Davis, em Lisboa, com a tal caixa de plástico. Em vez de
frutas e legumes que costumam levar-se para os mercados naquele tipo
de caixas, lá dentro vinham os ossos.

Davis trabalha em Lisboa desde 2000, primeiro no Instituto Português
de Arqueologia, agora no Instituto de Gestão do Património
Arquitectónico e Arqueológico. Identificou 65 ossos e dentes na caixa,
entre os quais um único de gamo. "Como nunca tinha encontrado ossos de
gamo nos sítios que estudei em Portugal, isto era uma coisa
interessante. Escrevi um pequeno relatório mas, só com um osso, não
podia fazer uma identificação a cem por cento", conta.

Símbolo de estatuto

O caso, publicado recentemente na revista britânica Environmental
Archaeology, mudou de figura com a descoberta de mais cinco pequenos
ossos nos achados de Torre de Palma, sítio datado dos séculos I a V
d.C, a apenas cinco quilómetros de São Pedro de Fronteira, e que teve
várias escavações desde os anos 1950.

O que todos estes ossos dizem a Simon Davis é esclarecedor: "Pela
primeira vez, temos provas de que houve gamos em Portugal no Período
Romano." O artigo foi escrito em co-autoria com o zoo-arqueólogo do
Canadá Michael Mackinnon, que também tem estudado os ossos de Torre de
Palma.

Desde há 700 mil anos que há vestígios arqueológicos da presença dos
gamos (Dama dama) em grande parte da Europa. No entanto, no pico da
última glaciação, há cerca de 18 mil anos, o frio extremo terá levado
à sua extinção na região ocidental da Europa, Portugal incluído. Terão
resistido apenas na Ásia Menor, actual Turquia.

Já se sabia que os romanos tinham reintroduzido o gamo em Inglaterra e
Espanha. Com a descoberta dos ossos em Portugal, mais do que uma
curiosidade, fica reforçada a ideia de que os romanos terão difundido
de forma generalizada o gamo pela Europa ocidental, depois da sua
extinção no último máximo glaciar.

Não se sabe muito bem qual era o interesse dos romanos neste animal.
Uma hipótese é ele ter sido usado como símbolo de estatuto de quem o
possuía, por ser um animal exótico. "Provavelmente, também fazia parte
da alimentação", diz Davis. Isto, porque os ossos encontrados estão
partidos e estavam misturados com fragmentos de ovelha, vaca ou cabra,
resultantes do resto de comida.




2009/8/3 tania fernandes <tania.anica@gmail.com>:
> Bom dia a todos os membros,
>
> Caro Pedro Saraiva, esta é uma mailing list de divulgação sobre arqueologia
> e não espaço para verborreias sobre as suas considerações políticas e muito
> menos, espaço para dar largas ao seu discurso insultuoso. Penso que eu, bem
> como os demais membros da Archport não estamos nem interessados em saber se
> você gosta de políticas de esquerda ou não. E muito menos, termos de abrir o
> nosso e-mail para ver mensagens do baixo nível linguístico da sua.
> Agradecia que respeitasse a Archport e, por conseguinte, os seus membros.
> Há mais de uma forma para expressar opiniões e, a que o senhor escolheu,
> decerto não foi a melhor.
>
> Caro Rui Boaventura, mesmo através de uma linguagem completamente
> desrespeitosa do membro Pedro Saraiva, há que atender que a Archport não é
> nem deve ser palco de campanha ou de publicidade a movimentos políticos,
> independentemente da sua orientação política.
> Este é um espaço de debate e de divulgação de temas que interessam à
> comunidade de arqueólogos e demais coladoradores na área do património. Nada
> mais.
> Pessoalmente, a mim interessa-me estar informada do que se passa na área e
> partilhar com colegas o que é que cada um vai fazendo, e não vir ler
> propraganda...
>
> Peço desculpa pela extensão da mensagem mas, como leitora assídua deste
> espaço de debate e informação, começa a cansar-me a torrente de e-mails
> sobre assuntos que nada tem a ver com os objectivos desta mailing list e,
> muito menos, ter de receber no meu e-mail, autênticas lavagens de roupa
> suja, sem o minimo respeito pelas pessoas que compõem a Archport.
>
> Obrigado pela atenção,
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> Tânia Fernandes
>
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