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[Archport] Navio que se dedica à caça de tesouros preocupa autoridades

Subject :   [Archport] Navio que se dedica à caça de tesouros preocupa autoridades
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Sat, 15 Aug 2009 10:30:13 +0100

AÇORES
Navio que se dedica à caça de tesouros preocupa autoridades
por Lusa, 14/08/09

A comunidade científica açoriana manifestou hoje preocupação,
partilhada pelas autoridades marítimas, com a presença nos mares dos
Açores do navio 'John Lethbridge', de bandeira inglesa, que se dedica
a recuperar cargas de embarcações naufragadas.

"Não há, para já, nenhuma informação que nos leve a concluir que o
navio se encontra aqui para efectuar actividades de recuperação de
carga de naufrágios, mas também não temos a confirmação do contrário",
alertou o arqueólogo José António Bettencourt, em declarações à Lusa.

Na perspectiva deste investigador, as autoridades marítimas devem
"estar atentas aos movimentos" do navio inglês, para evitar que "as
águas dos Açores sejam delapidadas".

O navio 'John Lethbridge', pertencente à empresa britânica SubSea
Resources, encontra-se há cerca de duas semanas em águas açorianas,
tendo fundeado nos últimos dias na baía do Porto da Horta, no Faial,
para reparar uma avaria técnica.

Esta embarcação está equipada com a mais recente tecnologia
subaquática para pesquisar o fundo do oceano, dispondo, entre outro
material, de sonar de varrimento lateral, sonar multifeixe e
magnetómetro, montados num trenó para utilização a grande
profundidade.

No seu site na Internet, a empresa proprietária do navio reivindica já
ter identificado cerca de sete dezenas de embarcações naufragadas com
carga perdida em vários locais do mundo, 20 dass quais contendo
valores superiores a 450 milhões de dólares.

Nas declarações que prestou à Lusa, José António Bettencourt recordou
que este tipo de actividade é "ilegal" em águas portuguesas,
salientando que a presença deste navio nos Açores é "motivo de
preocupação".

Segundo a legislação nacional, a actividade de prospecção subaquática
só é permitida no âmbito de projectos e de estudos de valorização do
património cultural subaquático.

Uma fonte da Secretaria Regional do Ambiente contactada pela Lusa
revelou que "não deu entrada" naqueles serviços nenhum pedido de
autorização para a realização de actividades em águas açorianas em
nome do navio ou da empresa proprietário.

Por seu lado, o capitão do Porto da Horta, Fernando Horta, garantiu à
Lusa que as autoridades marítimas "estão atentas" à presença do 'John
Lethbridge' em águas açorianas.

Nesse sentido, salientou que a Marinha de Guerra, o Comando Naval dos
Açores e o Instituto Hidrográfico Português foram informados da
presença do navio.

"Estamos atentos à presença deste navio, que se dedica à caça ao
tesouro", afirmou Fernando Horta, alertando, no entanto, que "a
Capitania do Porto da Horta só tem jurisdição para acompanhar a
actividade do barco dentro das 200 milhas".~

O capitão do Porto da Horta revelou que a empresa a quem foi
consignado o navio anunciou que a embarcação parte hoje para uma
missão fora das 200 milhas da Zona Económica Exclusiva dos Açores, mas
"não especificou para onde".

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