[Archport] Tróia

[Jacinta Bugalhão <jacintabugalhao@gmail.com>]

Caros archportianos

 

Faz agora 4 anos, em Setembro de 2005, divulguei no archport uma (aparentemente dura) mensagem sobre o "fado"de Tróia. É com alegria que afirmo que passados 4 anos, e a recente mensagem da Inês Vaz Pinto o comprova, Tróia vive o seu mais feliz momento como sítio arqueológico. Tal se deve principalmente a dois factores: um afastamento (até que enfim!) do Estado Central como interveniente directo no sítio e a felicidade na escolha da equipa que neste momento trabalha em Tróia.

Não tenho a faculdade de prever o futuro, mas penso que posso com alguma segurança acreditar que as coisas vão correr muito melhor do que seria imaginável há 4 anos...

Quando à inacreditável polémica dos "voluntários", muito me espanto! Como é possível que ainda hoje a nossa classe profissional seja tão pouco madura ao ponto de pensar que um programa de voluntariado patrimonial arqueológico (que sempre existiu, mas que presentemente se deve revestir de uma forma mais evoluída de sensibilização e formação cívica das camadas jovens, tal como acontece no voluntariado ambiental e social) pode ser uma ameaça aos profissionais.

Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa.

Já agora, também me parece que uma terceira coisa é formação académica prática. Para que a participação numa intervenção arqueológicas possa ser considerada parte da formação de um arqueólogo, essa participação deve estar devida e formalmente integrada no plano curricular e sujeita a todos os requisitos adequados: planificação, acompanhamento docente, avaliação, etc. Senão não é formação académica…

 

Saudações arqueológicas e boa sorte para Tróia

 

Jacinta Bugalhão