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[Archport] Povo de Samuel rende-se à descoberta de villa romana

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Povo de Samuel rende-se à descoberta de villa romana
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Thu, 24 Sep 2009 07:55:11 +0100


Soure: Povo de Samuel rende-se à descoberta de villa romana


Diário de Coimbra, 24/09/09, escrito por José Carlos Salgueiro  


O Salão da Associação Cultural e Recreativa de Samuel, concelho de Soure, encheu-se ontem de habitantes interessados em saber mais sobre as descobertas arqueológicas que uma equipa de voluntários das universidades de Coimbra e Lisboa, liderados pelo professor Adriaan Louis de Man, conseguiu efectuar durante prospecções realizadas durante seis semanas do Verão que agora termina.


Numa área perto de Coles de Samuel, onde a investigação ainda não teve tempo para revelar muito, adivinha-se que esteja uma villa romana, equivalente, há dois mil anos, a uma quinta agrícola moderna.

Para já, foram encontrados alguns restos de muros, muitos cacos de cerâmica e moedas de um período já adiantado do império romano, sendo que a maior descoberta é o que se pensa ser parte do balneário que fazia parte integrante destes complexos.

As descobertas são ainda incipientes, mas Adriaan de Man disse ontem estar «moderadamente optimista» em relação aos resultados que podem ser obtidos em futuras campanhas, que, normalmente só se realizam no Verão, servindo como hipóteses de os alunos de arqueologia realizarem trabalho de campo.

Certo é que, no espaço de seis semanas, foram encontrados artefactos importantes e, mais precioso, foi definida uma área onde se pensa ter estado a casa principal da villa, assim como o balneário, factores que, ao invés destas primeiras escavações, já permitirão, de futuro, um trabalho mais direccionado.

A intervenção dos arqueólogos nas agora chamadas de ruínas romanas de Madanela insere-se no projecto “Villa Sicó”, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Terras de Sicó, no âmbito da Rota da Romanização.

David Leandro, director executivo da Terras de Sicó, explicou que a intenção da associação, ao avançar com este projecto, foi identificar em cada um dos seis concelhos, sítios arqueológicos da época romana.

Condeixa-a-Nova já tem as ruínas de Conímbriga, Penela tem no seu território a Villa Romana do Rabaçal, enquanto que Ansião integra no património os vestígios de Santiago da Guarda.

Recorrendo à Carta Arqueológica da Região Centro, a Terras de Sicó identificou para investigação o sítio ontem apresentado, no concelho de Soure, Rominha, em Alvaiázere, e também Santiago de Litém, em Pombal.

Se os três primeiros concelhos têm sítios arqueológicos investigados há muitos anos, especialmente Conímbriga, nos restantes, só agora está a ser iniciada a investigação científica, em colaboração com os municípios, tendo em vista o aproveitamento turístico e económico do potencial que representam as descobertas arqueológicas.

A presidente associação local, na resenha histórica que fez, recordou que a zona é sobejamente conhecida da população pelos achados que apareciam durante os trabalhos de lavoura.

Aliás, na zona que se pensa ser residencial, os trabalhos agrícolas, ao longo de séculos, terão danificado uma boa parte do espólio, sendo a área onde os achados estão mais espalhados.

Ao lado, no balneário, a situação é bem mais animadora, contudo, só com futuras campanhas poderá ser avaliada a área concreta que ocupava o complexo e a sua importância do ponto de vista arqueológico e histórico.

Mosaicos vandalizados em tentativa de furto


As prospecções geológicas ainda não conseguiram colocar a descoberto mais do que alguns artefactos, moedas e mesmo ossos, assim como meros centímetros quadrados de mosaicos que, entretanto, já estão vandalizados.

Ontem, pouco antes da cerimónia, os arqueólogos deslocaram-se ao local e detectaram indícios de que alguém terá tentando levantar os mosaicos, eventualmente com a intenção de os furtar.

A notícia chocou os muitos populares que ontem visitaram o local e motivaram um apelo do assessor de João Gouveia, Mário Jorge Nunes, que lembrou a necessidade de serem preservados os achados e de ser dado tempo aos especialistas de investigarem o espaço, a «única forma de o valorizar», explicou.

 http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=3898&Itemid=119

 

 

 

 

 


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