Concordo com a sua sugestão.Contudo permita-me acrescentar que um Provedor por si só não é elemento bastante para mitigar os diferendos ou solucioná-losTeria, necessariamente, de ser coadjuvado por alguns "inspectores"que, in loco, tomassem contacto com os problemas de gestão e salvaguarda do património cultural que opõem as entidades locais às nacionais, as entidades privadas às públicas, os interesses pessoais aos interesses públicos.Que estabelecessem uma relação próxima com as entidades envolvidas e que tivessem a competência técnica e humana para fazerem, com a isenção e celeridade necessários , chegar ao Provedor toda a informação que reforçaria a sua posição de consensualidade nacional.Maria Isabel da Veiga Cabral009/10/23, Manuel Castro Nunes <arteminvenite@gmail.com>:_______________________________________________Um Provedor para o património cultural
Desde aqui, do nosso tópico de observadores, por vezes atónitos, do que vai ocorrendo no domínio dos conflitos entre interesses e pontos de vista, no que respeita a uma sensata e consensual política de promoção, valorização e preservação do património cultural, não podemos deixar de fazer o registo de que, no contexto do agravamento de uma crise estrutural de valores, não só financeiros e materiais, cada vez se torna mais urgente uma intervenção arbitral, de bom espírito e boa fé, capaz de intervir no sentido de mitigar as conflituosidades crescentes entre múltiplos intervenientes públicos e privados, institucionalmente tutelares ou dimanados da livre associação de múltiplos segmentos da dita sociedade civil.
À guerra, ninguém vai resolver nada. E necessitamos cada vez mais de uma intervenção benfazeja, consensualmente legitimada, credenciada para intervir nas matérias em relação às quais nem as instituições tutelares, nem as transmissoras do ponto de vista da legítima vontade da comunidade intervir conseguem encontrar convergência.
A figura de um Provedor, supra-partidário, supra-político e supra-institucional, mas investido num papel consensualmente reconhecido, faz hoje todo o sentido.
Abordo aqui exclusivamente o domínio do património cultural material. Espero que outros se manifestem sobre o imaterial.
À atenção da recém-nomeada Ministra da Cultura e de todos as entidades e cidadãos envolvidos na defesa, valorização e promoção do património cultural.
Manuel de Castro Nunes
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Manuel de Castro Nunes
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