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[Archport] Cividade do Terroso (Póvoa de Varzim)

To :   "archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Cividade do Terroso (Póvoa de Varzim)
From :   José d'Encarnação <jde@fl.uc.pt>
Date :   Wed, 25 Nov 2009 15:08:14 -0000

CIVIDADE DO TERROSO

 

            A Cividade do Terroso faz, naturalmente, parte do imaginário de todos os arqueólogos portugueses, pelo muito que sobre ela se foi escrevendo, desde que, em 1906, Rocha Peixoto nela iniciou escavações.

            Retomou-as, em 1980, o Doutor Armando Coelho. João Aguiar, no seu romance Uma Deusa na Bruma [ISBN: 972-41-3288-9, 5ª edição, Asa ? Porto, 2006], proporciona uma visão literária do sítio. Faltava, porém, uma obra que nos desse a perspectiva geral da história do povoado e a sua real importância no contexto da Arqueologia nacional. Disso se encarregaram, com os mais diversos apoios, José Manuel Flores Gomes e Deolinda Carneiro.

            Trata-se do volume intitulado Subtus Montis ? Terroso (Património Arqueológico do Concelho da Póvoa de Varzim), edição da respectiva Câmara Municipal, de 303 páginas, com depósito legal datado de 2005 e ISBN: 972-9146-42-X.

            No I capítulo, «Ambiente», descrevem-se, para além dos aspectos geográficos e geológicos, o paleoambiente e a fauna cujos restos se identificaram na cividade.

            Origens do povoamento é o tema do 2ªº capítulo, que, depois de uma introdução geral sobre o povoamento local na Antiguidade, aborda o que se conhece desde o Neolítico e a Idade do Bronze, cabendo o discurso maior (p. 97-201) à época castreja, sendo aí analisados todos os aspectos que a documentação arqueológica permite discernir (urbanismo e arquitectura, economia e ergonomia, fiação, metalurgia, agricultura, pesca, religiosidade, entre outros).

            Referem-se os castros de Laundos, Argivai e Navais, para se traçar uma panorâmica exaustiva do que foi a ocupação do território durante o período romano, com especial relevo para Vila Mendo.

            Aproveita-se o ensejo para relatar, por fim, o que foram os resultados dos trabalhos arqueológicos levados a cabo em 1997-1998, na área envolvente à igreja de S. Pedro de Rates.

            Enriquecem a obra ? para além da bibliografia e de um anexo documental ? excelentes e elucidativas fotografias a cores quer dos sítios quer dos materiais exumados, o que a tornam, sem dúvida, numa referência imprescindível para a investigação da Arqueologia peninsular.

 

                                                                                  José d'Encarnação


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