GLOBALIZAÇÃO
DO ENSINO SUPERIOR
Falando na abertura
solene das aulas na Universidade de Ferrara, em Itália, Luiz Oosterbeek,
Professor do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), defendeu que na sociedade
actual as instituições do ensino superior, para continuarem a ser úteis,
devem inscrever-se na globalização. Oosterbeek argumentou que se deve olhar
para a sociedade como um conjunto de indivíduos organizados em torno de
diversas actividades de interesse recíproco, a que chamamos economia, e que
as realizam de forma particular, aquilo a que chamamos cultura. E devemos
entender que o Ensino Superior surgiu, historicamente, para formar lideranças
para esses processos, em função das suas dinâmicas. "A Universidade
começou por ser global, quando no mundo medieval surgiu por iniciativa
cruzada das lideranças políticas locais e da Igreja pan-Europeia". Hoje,
perante uma economia global, "é inevitável que as instituições que não
se orientem para a articulação com outras, por áreas de saber e numa escala
mundial, acabem por desaparecer", disse. Apontou os exemplos da
Universidade de Ferrara e do IPT como exemplos que vão no bom sentido, apesar
das enormes dificuldades e da falta de apoio dos governos centrais, que ao
contrário da Comissão Europeia permanecem no essencial fechados a esta nova
dinâmica.
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