Re: [Archport] Nacionalismo e antiguidades
Personalmente soy más partidaria de que Europa no se siga aprovechando
(también en esto...) de una situación de superioridad científica o de
mayor sensibilidad cultural que hoy, y muy particularmente con
respecto a Grecia o Egipto, ya no es justificable como en siglos
pasados. La "minoría de edad" de otros países no puede declararse a
perpetuidad, y "el núcleo duro" europeo (en este sentido de las
antigüedades), Inglaterra, Francia y Alemania, debía de ser el primero
en dar ejemplo de ello.
Pero ahora más bien quería precisar que, en el caso español que cita
el Dr. Gil Mantas, la Dama de Elche no fue ninguna rapiña durante la
invasión francesa, sino que fue legalmente adquirida para el Museo del
Louvre, por intermedio de Pierre Paris, en el mismo mes de su
aparición, agosto de 1897. También las coronas de Guarrazar que se
trajeron al mismo tiempo desde el Museo de Cluny habían sido compras
legales, en este caso en 1859-1861, en épocas en las que el Gobierno
español no sabía velar debidamente por sus antigüedades.
Igualmente, que no se trató en este caso propiamente de una devolución
por parte francesa, sino de un intercambio, pues el gobierno de Franco
envió a Francia determinadas obras de arte como compensación. Parte
del relato del propio Carcopino puede leerse aquí:
http://books.google.es/books?id=jm9F7SMM9SQC&pg=PT315#v=onepage&q=&f=false
Un saludo, A.C.
vasco mantas <vgmantas@yahoo.com> escribió:
Caros archportianos
Começo a aparecer mais vezes do que desejaria neste forum,
lamentando, porém, que muitos outros que deveriam opinar, por
estatuto ou experiência, se mantenham ausentes.
Durante muito tempo travei esta pequena reacção sobre o discutido
problema da devolução de antiguidades a determinados países. Se a
discussão em torno dos mármores Elgin já é um clássico, surgem agora
exigência formuladas com frequência de forma mais ou menos
truculenta por estranhas figuras que invadiram o star-system da
arqueologia internacional, com larga e rentável divulgação mediática.
Direi apenas que muitas das peças conservadas no Louvre, no British
e noutros grandes Museus europeus (curiosamente as exigências não
incidem sobre Museus norte-americanos, ou sobre o obelisco do
Central Park..) ter-se-iam perdido caso tivessem ficado nos países
que agora as reclamam. O que se passou no Iraque, no Afeganistão ou
no Líbano não precisa de grande desenvolvimento para o comprovar.
Posso compreender o desejo da opinão pública desses países, ou
melhor, de certas figuras ou grupos desses países, de ver regressar
peças de grande prestígio, mas atitudes como a de proíbir que
qualquer equipa que tenha ligações com o Louvre trabalhe no Egipto
não só revela uma enorme ingratidão para com todo o trabalho
efectuado pelos egiptólogos franceses a ele ligados, durante mais de
um século, como denota uma atitude ditatorial, reflexo de uma
personalidade alheia às realidades do mundo actual num aspecto
essencial - o da liberdade de investigação nos limites do ético.
Por outro lado, num mundo onde se afirma a queda dos muros e uma
cultura global, parece-me indiferente que essas peças se mantenham
em Londres, Paris ou Berlim, onde foram carinhosamente resguardadas,
tratadas, estudadas e publicadas e onde estão à disposição de todos
os que as quiserem ver. Aí devem continuar, ainda que sirvam de
pretexto para estéreis e anacrónicos discursos nacionalistas,
hipocritamente só válidos para determinadas regiões do globo. A Dama
de Elche foi devolvida à Espanha por Carcopino, quando ministro de
Pétain, reparando assim o que foi realmente um roubo praticado
durante as Invasões Francesas, situação muito diferente da maior
parte dos casos que vão sendo publicitados com o conveniente
estardalhaço.
Por aqui fico, embora este assunto mereça uma Mesa-Redonda. E, por
favor, não pintem as inscrições romanas, tanto mais que já quase
ninguém as lê directamente em Latim.
Bom Feriado, no dia da nossa Padroeira.
Vasco Gil Mantas