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Re: [Archport] Nacionalismo e antiguidades

Subject :   Re: [Archport] Nacionalismo e antiguidades
From :   alicia.canto@uam.es
Date :   Tue, 08 Dec 2009 00:04:35 +0100

Personalmente soy más partidaria de que Europa no se siga aprovechando (también en esto...) de una situación de superioridad científica o de mayor sensibilidad cultural que hoy, y muy particularmente con respecto a Grecia o Egipto, ya no es justificable como en siglos pasados. La "minoría de edad" de otros países no puede declararse a perpetuidad, y "el núcleo duro" europeo (en este sentido de las antigüedades), Inglaterra, Francia y Alemania, debía de ser el primero en dar ejemplo de ello.

Pero ahora más bien quería precisar que, en el caso español que cita el Dr. Gil Mantas, la Dama de Elche no fue ninguna rapiña durante la invasión francesa, sino que fue legalmente adquirida para el Museo del Louvre, por intermedio de Pierre Paris, en el mismo mes de su aparición, agosto de 1897. También las coronas de Guarrazar que se trajeron al mismo tiempo desde el Museo de Cluny habían sido compras legales, en este caso en 1859-1861, en épocas en las que el Gobierno español no sabía velar debidamente por sus antigüedades.

Igualmente, que no se trató en este caso propiamente de una devolución por parte francesa, sino de un intercambio, pues el gobierno de Franco envió a Francia determinadas obras de arte como compensación. Parte del relato del propio Carcopino puede leerse aquí: http://books.google.es/books?id=jm9F7SMM9SQC&pg=PT315#v=onepage&q=&f=false

Un saludo, A.C.


vasco mantas <vgmantas@yahoo.com> escribió:


Caros archportianos
 
Começo a aparecer mais vezes do que desejaria neste forum, lamentando, porém, que muitos outros que deveriam opinar, por estatuto ou experiência, se mantenham ausentes. Durante muito tempo travei esta pequena reacção sobre o discutido problema da devolução de antiguidades  a determinados  países. Se a discussão em torno dos mármores Elgin já é um clássico, surgem agora exigência formuladas com frequência de forma mais ou menos  truculenta por estranhas figuras que invadiram o star-system da arqueologia internacional, com larga e rentável divulgação mediática. Direi apenas que muitas das peças conservadas no Louvre, no British e noutros grandes Museus europeus (curiosamente as exigências não incidem sobre Museus norte-americanos, ou sobre o obelisco do Central Park..)  ter-se-iam perdido caso tivessem ficado nos países que agora as reclamam. O que se passou no Iraque, no Afeganistão ou no Líbano não precisa de grande desenvolvimento para o comprovar. Posso compreender o desejo da opinão pública desses países, ou melhor, de certas figuras ou grupos desses países, de ver regressar peças de grande prestígio, mas atitudes como a de proíbir que qualquer equipa que tenha ligações com o Louvre trabalhe no Egipto não só revela uma enorme ingratidão para com todo o trabalho efectuado pelos egiptólogos franceses a ele ligados, durante mais de um século, como denota uma atitude ditatorial, reflexo de uma personalidade alheia às realidades do mundo actual num aspecto essencial - o da liberdade de investigação nos limites do ético.   Por outro lado, num mundo onde se afirma a queda dos muros e uma cultura global, parece-me indiferente que essas peças se mantenham em Londres, Paris ou Berlim, onde foram carinhosamente resguardadas, tratadas, estudadas e publicadas e onde estão à disposição de todos os que as quiserem ver. Aí devem continuar, ainda que sirvam de pretexto para estéreis e anacrónicos discursos nacionalistas, hipocritamente só válidos para determinadas regiões do globo. A Dama de Elche foi devolvida à Espanha por Carcopino, quando ministro de Pétain, reparando assim o que foi realmente um roubo praticado durante as Invasões Francesas, situação muito diferente da maior parte dos casos que vão sendo publicitados com o conveniente estardalhaço.  Por aqui fico, embora este assunto mereça uma Mesa-Redonda. E, por favor, não pintem as inscrições romanas, tanto mais que já quase ninguém as lê directamente em Latim.
 Bom Feriado, no dia da nossa Padroeira. 
                                                  Vasco Gil Mantas 
 







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