[Archport] Um veterano arqueólogo.
E assim vão despontando para a reflexão os estratos mais profundos da complexidade de uma matéria que, logo na origem, se antevia não poder ser encarcerada nos limites do viaduto de abordagens lineares. Que não se perca todavia ou se esfume no horizonte a finalidade, seja a salvaguarda e o culto da e pela herança ou património cultural. É também o risco que podemos correr, com a abordagem em campo aberto e sem finalidade.
No vazio todavia de eficácia dos dispositivos em vigor, procurem-se com diligência e criatividade as alternativas.
Insisto em que não se cura do património em tribunal. Aí esconjuramos a nossa culpa. Ou tentamos, pelos vistos.
A matéria é substancialmente de cultura.
E torna-se visível o argumento que todos esperavam. Um Estado que não cura, ou degrada, aparece no foro vulnerabilizado para acusar.
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Manuel de Castro Nunes