Uma lápide romana com mais de 2000 anos, que pertencia a Valença mas que desde 1903 estava no Museu Nacional de Arqueologia, acaba de ser restituída àquele concelho, informou hoje fonte municipal.
Segundo a fonte, a lápide epigráfica passa, a partir de hoje, a fazer parte do espólio do Núcleo Arqueológico de Valença, no interior da Fortaleza da vila.
A lápide foi encontrada em 1812, por ocasião da demolição da antiga igreja de Santa Maria de Cristelo, onde actualmente está a fortificação da Coroada (parte sul da Praça Forte).
Estava sob o altar-mor daquela igreja.
Durante muitos anos, esteve nas arcadas dos antigos Paços do Concelho, precisamente onde actualmente funciona o Núcleo Museológico.
"A pedra e o sepulcro de que a lápide fazia parte são atribuídos a Cláudio Valente, veterano da Legião Romana VI, que, segundo o arqueólogo alemão Emil Hübner, era natural de Valença do Minho", refere ainda a fonte.
Acrescenta que aquela pedra "despertou, ao longo de séculos, a curiosidade de grandes celebridade da arqueologia portuguesa e mundial, como Fidel Fita, Aureliano Fernandez, José Leite de Vasconcelos e Félix Alves Pereira".
Para a Câmara, esta lápide constitui "um valioso e importante símbolo histórico da Valença romana, pelo que o seu regresso às origens vai valorizar e dar a conhecer uma época de Valença pouco conhecida e estudada".
O regresso da lápide a Valença era solicitado pela autarquia "há já muito tempo", mas só em 8 de Janeiro, com a intervenção do presidente da câmara, foi possível formalizar, em Lisboa, a entrega definitiva daquele património.
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