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[Archport] Imagem do sítio dos Perdigões pode tornar-se um ícone da pré-história europeia

To :   archport <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Imagem do sítio dos Perdigões pode tornar-se um ícone da pré-história europeia
From :   Alexandre Monteiro <no.arame@gmail.com>
Date :   Fri, 22 Jan 2010 22:35:52 +0000

Arqueologia: Imagem do sítio dos Perdigões pode tornar-se um ícone da
pré-história europeia

Lusa, Janeiro 22, 2010


Os resultados da prospecção geofísica realizada no povoado
pré-histórico dos Perdigões, com mais de 5000 anos, serão apresentados
sábado por Helmut Becker, num colóquio que se realiza no dia 23 em
Lisboa.

“A imagem agora obtida do sítio dos Perdigões agora obtida pode
tornar-se um ícone da pré-história europeia”, disse à Lusa o
arqueólogo Miguel Lago.

O colóquio, no auditório do Metropolitano de Lisboa, ao Alto dos
Moinhos, é organizado pela ERA, uma empresa de arqueologia que escava
aquele povoado em Reguengos de Monsaraz (Évora) desde 1997.

“Mais de mil anos depois de ter sido fundado, o sítio dos Perdigões
terá sido abandonado e a partir daí caído no esquecimento o que serão
um dos grandes sítios arqueológicos do apogeu das primeiras sociedades
camponeses do Sul da Europa”, explicou à Lusa o arqueólogo Miguel
Lago.

A prospecção geofísica, explicou o arqueólogo, é um reconhecimento e
caracterização de terrenos com detalhe do seu subsolo com
profundidades variáveis que no caso português deram informações muito
correctas.

“Os Perdigões que é um projecto ambicioso de investigação
internacional, esta prospecção foi feita por um dos maiores
especialistas mundiais”, salientou Miguel Lago.

Esta prospecção, financiada essencialmente pela Junta da Andaluzia
através da Universidade de Málaga, permitiu “confirmar com segurança a
origem do povoado há cerca de 5500 anos, final do Neolítico, tendo o
seu final ocorrido há cerca de 4000 anos, final da Idade do Cobre”.

No colóquio, serão debatidas outras pesquisas arqueológicas em que a
ERA está envolvida, designadamente as escavações efectuados na antiga
residência dos governadores da Torre de Belém, a Pedrouços em Lisboa
que “revelaram os vestígios da maior fábrica romana de preparados de
peixe até hoje conhecida em Portugal”.

Fundada no século I a fábrica preparava o famoso “garum” (uma pasta
feita da maceração de vísceras e pedaços de peixe em salmoura,
misturados com especiarias diversas) e que esteve em elaboração até ao
século V.

Nestas escavações foi também encontrada uma moeda bizantina do século VI.

Ainda de Lisboa, serão apresentados os resultados das escavações no
Palácio Mesquitela (à calçada do Combro) que “permitem compreender a
evolução do urbanismo local e as vivências do quotidiano dos
habitantes do imóvel, desde a sua origem até ao século XX”.

Outros temas em debate serão o “diagnóstico do estado de conservação e
planos de intervenção” das Linhas de Torres, os novos dados
encontrados “nos Blocos de Rega de Brinches e Ferreira do Alentejo” na
zona do Alqueva e as escavações feitas no Convento das Bernardas em
Tavira.

NL.

Lusa/

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