[Archport] Só por graça, de novo...

[Manuel Castro Nunes <arteminvenite@gmail.com>]

Bem, quando os arqueólogos descobrirem o inferno, virarão a arqueologia às avessas. Seja, inverterão a sequência das estratigrafias e atingirão a Idade do Cobre sem terem que desmontar a do Ferro.
Eis a solução para o diferendo entre a arqueologia e as obras públicas e privadas. Transformar os arqueólogos em toupeiras.

Deixem pois de procurar com tanto afã a Atlântida e empenhem-se em localizar o inferno. Procurem nos textos sagrados.

Bem, uma coreccção a Marx, ou a quem o cita. O património cultural não é sagrado, é humano. Nem consigo localizar a sentença de Marx... que não era dado a sacralidades. Ora, é como humano que o devemos reclamar. Se fora sagrado, ao reclamá-lo, profaná-lo-íamos. Esta, para intervir na matéria do diferendo entre a Igreja Ortodoxa Russa e o ICOM.

Porque afinal a reivindicação de propriedade e posse de património cultural e sua devolução cada vez mais parece apresentar-se complexa.
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Manuel de Castro Nunes