[Archport] O IGESPAR e as Setes Fontes (Braga)

[Francisco Lemos <sandelemos@gmail.com>]

Boa Tarde!

Cumpre ao Governo e às entidades da tutela decidir, de acordo com a lei e ampla discussão pública. 

Há um conjunto de cidadãos que consideram que o viaduto sobre o vale das Setes Fontes não deve ser construído e por isso se organizam expondo os seus argumentos. 

Haverá por certo outras instâncias, como por exemplo o executivo da Câmara Municipal de Braga ou o Ministério da Saúde (não sei…)  que entendem que o viaduto é indispensável.  

Face aos diversos factores o IGESPAR avalia, reflecte e toma uma decisão. Tudo bem. O que é muito negativo é arrastar-se uma situação. 

Se o IGESPAR já decidiu sobre o viaduto e não se comove com com abaixo-assinados porque há outros factores de maior peso cumpre-lhe desde já abrir o processo de trabalhos arqueológicos prévios, atempados, a efectuar com rigor. 

Se o viaduto vai para frente, mau grado as opiniões contrárias então já deveriam estar em campo as equipas de Arqueologia tanto mais que o terreno está livre, ou deveria estar. Ou muito me engano ou as estruturas arqueológicas escondidas no subsolos são muitas. 

Doutro modo repete-se a cena da construção do Hospital de Braga, com descobertas em cima da hora, arqueólogos e máquinas misturados, como se fosse um campo de batalha. Devemos aprender com erros. Não fica mal. Espero que a Direcção do Igespar e a Direcção Regional do Norte da Cultura correspondam ás suas responsabilidades. Caso já esteja tudo previsto então não custa nada informar os cidadãos, utilizando porque não ao Archport , ou o seu website (posição mais formal). 

O próprio IGESPAR benefícia. Ao fim e ao cabo Portugal ainda é uma democracia, embora muitas vezes não pareça. Quanto as questões da Arqueologia são quae segredos de Estado é porque o país vai mal.

Francisco Sande Lemos