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[Archport] Nacionalismos II - UNESCO inquieta com lista de património israelita

To :   "Archport" <archport@ci.uc.pt>
Subject :   [Archport] Nacionalismos II - UNESCO inquieta com lista de património israelita
From :   "Paulo Monteiro" <pmonteiro@ntasa.pt>
Date :   Sun, 28 Feb 2010 16:50:22 -0000

 

ONU inquieta com lista de património israelita

Público, por Maria João Guimarães, 28/02/2010

 

Palestinianos acusam Israel de querer tomar o controlo de locais religiosos na Cisjordânia ocupada

 

A UNESCO, organismo de educação e cultura das Nações Unidas, declarou-se ontem preocupada com a inclusão, por Israel, de locais religiosos na Cisjordânia na sua lista de património, com planos de reabilitação. Os palestinianos queixam-se de que Israel quer capturar os locais religiosos.

 

Em causa estão a Gruta dos Patriarcas, que inclui a Mesquita de Abraão, em Hebron, e o Túmulo de Raquel (Mesquita Bilal bin Rabah para os muçulmanos), em Belém, na Cisjordânia ocupada. Benjamin Netanyahu anunciou na semana passada que pretende incluir estes e outros locais nos territórios ocupados num plano de preservação de herança judaica de mais de 78 milhões de euros.

 

A este anúncio seguiram-se dias consecutivos de confrontos entre pa- lestinianos que protestam contra a medida e soldados israelitas que defendem os colonos no local.

 

A União Europeia tinha também já reagido dizendo que o anúncio não ajudava o processo de paz e pedindo a Israel que evitasse "acções de pro- vocação" e reconhecesse "a importância destes locais para as três religiões monoteístas e apoie o princípio do acesso a todos".

 

"Israel tem um plano para alterar a natureza de locais islâmicos e torná-los em locais judaicos", acusou o representante do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, à estação de televisão Al-Jazira. O Presidente israelita, Shimon Peres, já garantiu que Israel não pretende fechar o acesso aos locais: "Israel vai continuar a dar liberdade de oração em todos os locais religiosos", disse.

 

Hebron é palco de confrontos frequentes. Na cidade vivem cerca de 700 colonos judaicos, considerados os mais extremistas, em enclaves fortificados e protegidos por uma forte presença militar. Na cidade vivem ainda cerca de 180 mil palestinianos. Organizações israelitas de defesa de direitos humanos, como a B"tselem, criticam a atitude do Exército quando os colonos atacam casas ou oliveiras dos palestinianos locais, e têm mesmo programas como de distribuição de câmaras para que os palestinianos tenham depois provas dos ataques e estes não fiquem impunes.

 

 

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